A árbitra internacional Marximina Bernardo foi suspensa por três anos pelo Conselho de Disciplina da Federação Angolana de Futebol (FAF), por alegada corrupção num jogo do Girabola de 2014 que envolveu o Benfica de Luanda.

A informação foi confirmada nesta sexta-feira, na capital, pelo presidente do Concelho Central de Arbitragem, Jorge Mário Fernandes.

Em declarações ao canal desportivo da Rádio Nacional de Angola (Rádio – 5), afirmou que tendo sido uma ocorrência anterior a actual gestão da FAF, foram apresentadas ao Conselho de Disciplina provas evidentes que determinaram a suspensão da profissional a partir da presente época.

O responsável disse ter já aconselhado a filiada a recorrer a Associação de Árbitros de Futebol de Angola (AAFA), sendo um direito de defesa que se lhe assiste.

Este caso, entretanto, não consta do último comunicado oficial do órgão reitor do futebol no país de 12 de Abril de 2018 a que a Angop teve acesso, cuja punição de maior relevância é a suspensão por três jogos de Job, capitão do Petro de Luanda.

Actualmente em licença de parto, a juíza prometeu, segundo a fonte, recorrer aos serviços de um advogado para interpor recurso à pena aplicada.

Trata-se da segunda situação em menos de um mês, depois da suspensão dia 31 de Março do técnico do 1º de Maio de Benguela, Agostinho Tramagal, por um ano e multa equivalente em kwanzas a 5.000.00 dólares (cinco mil dólares).

Desde 2004 na primeira categoria nacional, Marximina Bernardo, nascida a 25 de Janeiro de 1979, foi a primeira mulher a apitar no Girabola.

Já ajuizou, entre outras, em três fases finais de Campeonatos Africanos das Nações (CAN) em femininos, designadamente, África do Sul2004, Nigéria2006 e Guiné Equatorial2008.

Nas competições da África do Sul e da Nigéria apitou até às meias-finais, enquanto na Guine Equatorial foi nomeada para o jogo da final.