Venda de João Félix e a intervenção de Jorge Mendes: "Mendes é sempre muito badalado. Já lhe disse que ele tem um táxi para cobrar. A comissão vai para a conta dele, é 10 por cento. Ele é um profissional. Ele aparece porque quando a cláusula estava em 60 M€ disse-lhe que se alguém chegasse aos 120 M€ a pronto ele teria os seus 10 por cento. Houve negociação com o Mendes para se subir essa cláusula - o Mendes fez uma parceria com o empresário dele. Nós já recebemos o dinheiro e ele ainda não recebeu a comissão. Vai receber mas lentamente. Entraram os 120 com a diferença de três dias, 90 mais 30.

Raul de Tomas: "O jogador tem um passado. Tínhamos um problema com o Real mas ficou clarificado. Há de marcar golos um dia, não estou preocupado. Se compro por 15 é caro, se vendo por 15 é barato, já aprendi essa lição no Benfica."

Recompra de Chiquinho: "Tínhamos direito de preferência. Não foi mau negócio. Foi cedido com 50 por cento e opção de recompra. Entendemos que devia voltar mas infelizmente lesionou-se. Não é uma questão de não acreditar. Vamos recuperar esses quatro milhões que pagámos por ele. Até do Alfa me pode cobrar.

Compra de Cádiz: "É chegar ao final da época e depois e ver a lógica que tem. Se calhar vamos fazer outra operação em Portugal assim. Há negócios que encaro como ganhar dinheiro, puramentmente. Quando comprei o Ederson comprei dois jogadores ao Rio Ave no avião. Ninguém sabia o que seria o Ederson, criticara-me no Benfica por tê-lo comprado. Comprei-o por ele ter passado no Benfica mas diziam que era um pouco desviado da cabeça."

Sobre Perin: "Quando o comprámos em Itália negociámos com o empresário e nesse momento o jogador está a fazer exames e sucedeu o que sucedeu. Foi mau para nós e para o jogador. Toda a nossa equipa técnica gostava dele. Depois da lesão dificilmente poderemos pensar nele."

Taarabt: "Eu não mudo de ideias, o treinador é que pode mudar. O que é estranho é dizer dele como é que deixou passar a carreira ao lado. Com Lage tudo mudou. Como mudei de ideias? A qualidade do jogador e o treinador. Está a provar ser merecedor e já renovámos com ele. Na altura estávamos ofendidos com ele. Depois melhorou e com Lage foi o que se viu."

Caso E-Toupeira e Paulo Gonçalves: "Vivemos num estado de direito e acredito cegamente na justiça. O que foi feito foi ilibar o Benfica do que quer que seja. Durante um ano certamente que nos vigiaram para chegar a essa conclusão. Sobre Paulo Gonçalves, sei pelos jornais, nada mais. Sou amigo dele, foi e é um extraordinário profissional e deu muito ao Benfica. Vai enfrentar o julgamento e estou convencido que ele não será penalizado. Não colocou em causa o nome do Benfica. No julgamento veremos. Acha que ele consultou os processos dos adversários? Pessoalmente não sei de nada. A justiça vai funcionar e veremos o que lhe acontece. Todos querem julgá-lo. Havia coisas que ele fazia e não dizia a ninguém. É um super profissional. (...) Já foram a minha casa quatro vezes. Podem investigar."

Mudança do emblema do Benfica: "Há uma proposta do nosso marketing. Tem a ver com a nossa internacionalização mas ainda não foi devidamente escalpelizada. Serão os sócios a decidir. Vamos propor um símbolo mais comercial e os sócios terão a última palavra. Ninguém fará nada à revelia dos sócios.

Mais um mandato?: "Vou fazer mais um mandato, vou candidatar-me para mais. Queremos entregar um Benfica sem dívida e acho que estou à beira de o conseguir."

Críticas do diretor do jornal do Benfica a José Eduardo Moniz: "Benfica é um clube democrático. Eu e o Zé não temos problemas mas quando divergimos é lá dentro. Quando não concorda, diz que não concorda mas alguém tem de decidir. Nada tenho contra ele e ele contra mim. Pessoalmente, nunca intervi em editoriais do Benfica, nem em programas da BTV. A única coisa que fiz foi ter o cuidado de ligar ao José Nuno Martins e dizer 'cuidado, não sei o que existe entre vocês, mas quem está a comer por tabela sou eu'. Acho que deve ser qualquer coisa do passado mas vão entender-se. Ele tem opinião da limitação de mandatos. Eu acho que se isso houvesse no Benfica o clube não chegaria ao ponto a que chegou hoje."