O troféu de campeão espanhol de futebol regressou hoje às vitrines do estádio Vicente Calderón, depois de 18 anos de ausência, para consagrar a garra do Atlético de Madrid, que hoje empatou 1-1 com o FC Barcelona.

Os pupilos de Diego Simeoni, que fazia parte da equipa campeã espanhola em 1995/1996, prosseguiram a sua senda de empates com os catalães, um resultado que bastou para festejarem a conquista do campeonato espanhol.

Ao Atlético bastava um empate para se sagrar campeão, mas os homens de Diego Simeoni, fazendo jus à sua garra habitual, ignoraram esse facto, entrando na força máxima, com Tiago a titular, para intimidar um FC Barcelona ainda à procura dos seus mecanismos.

No entanto, a estratégia dos “colchoneros” ficou seriamente comprometida em poucos minutos, com as lesões de Diego Costa, que saiu do campo com queixas musculares e a chorar aos 16 minutos, e de Arda Turán, que foi substituído devido a uma lesão na anca, depois de um encontrão no meio campo.

As mexidas forçadas na equipa atordoaram o Atlético, oportunidade que o FC Barcelona não desperdiçou. Aos 34 minutos, Cesc Fabregas meteu a bola na área, no peito de Lionel Messi, que assistiu Alexis Sanchez que, num remate cruzado, não deu qualquer hipótese ao guarda-redes Courtois.

Com a primeira parte a fechar sem oportunidades relevantes para qualquer lado, a segunda começou com o emblema de Madrid a pressionar e a concretizar aos 49 minutos, com Gabi a assistir Godín para o 1-1 que chegava para o Atlético festejar o seu primeiro título desde 1995/1996 e o décimo da sua história.

Mas o empate acordou o gigante adormecido, ou seja, “La Pulga” Messi, que colocou em apuros, por mais do que uma vez, a defesa adversária, e chegou a levantar o Camp Nou aos 64 minutos, num golo que seria imediatamente anulado por fora de jogo.

Endiabrado, o argentino forçou uma falta aos 70 minutos, num livre que esbarrou na barreira, mas que reforçou a momentânea superioridade catalã, anulada pelo querer dos “colchoneros”.

Perigosos e perseverantes, os visitantes continuaram a pressionar, sem sucesso, tendo a última oportunidade do jogo, um canto que levou o guarda-redes Pinto a subir à área contrária, a pertencer ao “Barça”.

Estava esgotado o último suspiro “culé”, com a maré vermelha e branca a fazer a festa em casa alheia pelo título há muito aguardado.

Ao FC Barcelona, campeão despojado do título, resta a consolação de ter ficado à frente do seu eterno rival, o Real Madrid, na tabela classificativa, apesar do empate pontual a 87 pontos, menos três do que o Atlético de Madrid.