O futebolista Chico Chen, que alinha nos chineses do Hebei por empréstimo do Cova da Piedade, abdicou da nacionalidade portuguesa para se naturalizar chinês, noticiou hoje a imprensa local.

Nascido e criado em Portugal, Francisco Jiayu Chen, filho de emigrantes chineses, tem 27 anos e rumou ao Hebei, da Superliga chinesa, após ter disputados dois encontros pela formação almadense, que disputa a II Liga.

De acordo com a imprensa desportiva chinesa, o defesa é filho de um professor chinês emigrado em Portugal e teve de abdicar da nacionalidade portuguesa, uma vez que a China não reconhece a dupla cidadania.

Com a mudança de nacionalidade, Chico Chen pode ser convocado para a seleção chinesa, mas também contornar o limite de estrangeiros nos jogos da Superliga, que é de três em simultâneo por equipa.

Chico Chen é o segundo futebolista nascido em Portugal a naturalizar-se chinês, depois de, em 2019, Pedro Delgado, internacional português no escalão sub-21 formado no Sporting, se ter tornado no primeiro caso de naturalização sem ascendência chinesa.

A cidadania da China é baseada no princípio 'jus sanguinis' (direito de sangue), podendo ser reconhecida de acordo com a ascendência do indivíduo, pelo que foi então inédito o caso do atleta do Shandong Luneng, clube ao qual chegou depois de ter cumprido a formação entre Portimonense e Sporting e de ter alinhado no Inter Milão.

Nos últimos anos, visando alargar o número de talentos disponíveis para alinhar pela seleção chinesa, o país asiático permitiu a naturalização de vários atletas. Os primeiros foram Nico Yennaris, cipriota e de origem chinesa, e Tyias Browning, inglês com ascendência chinesa.

O avançado Elkeson tornou-se no primeiro brasileiro a naturalizar-se chinês e já chegou à seleção da China, tal como Aloísio dos Santos Gonçalves, enquanto os seus compatriotas Alan Carvalho, Ricardo Goulart e Fernandinho aguardam a primeira chamada.

A inédita abertura da China à naturalização de cidadãos estrangeiros coincide com o desejo de Pequim converter o país numa potência futebolística à altura do seu poder económico e militar.

O 'sonho chinês' para o futebol, anunciado pelo presidente Xi Jinping, passa por três etapas: qualificar-se para a fase final de um Mundial, organizar um Mundial e vencê-lo, em meados deste século.

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