O final de 2016 ficou marcado no mundo do desporto pela tragédia que assolou a Chapecoense. O avião que transportava a equipa brasileira caiu quando se aproximava da Colômbia e matou mais de 80 pessoas incluindo grande parte da formação que ia atrás do seu primeiro troféu internacional.

Alan Ruschel, defesa, foi um dos sobreviventes e mais de meio anos depois está preparado para regressar aos relvados e ser profissional novamente. O jogador é um dos convocados da Chapecoense para enfrentar o Barcelona num encontro que se prevê extremamente emotivo. As memórias de um passado recente estão avivadas, mas para o jogador será um momento único e a concretização de um sonho.

“É um sonho que estou a realizar pela segunda vez. Há 10 anos estrei-me como atleta profissional e foi um sonho que realizei. Agora, voltar a jogar é um sonho que vou realizar de novo. Ser um atleta profissional, jogar ao mais alto nível. O que passei foi muito difícil. Voltar a jogar e voltar a competir é um sonho e estou muito feliz por voltar a participar”, afirmou Alan Ruschel em entrevista a um canal de televisão brasileiro.

Apesar de ter estado envolvido numa queda de um avião, Alan Ruschel revelou que não ficou com medo de viajar através desse meio de transporte. Para o defesa, a questão deve-se ao facto de a memória não lhe ter pregado uma partida. O jogador lembra-se do dia, da descolagem, mas não do momento da queda pelo que não tem medo.

“Lembro-me de antes, do dia, mas já não me recordo do momento que em descolámos para a Colômbia. Não em recordo da sensação de medo derivado da queda. Os outros sobreviventes lembram-se e estavam com um pouco de medo para andar de avião”.

Alan Ruschel foi um dos oito sobreviventes da tragédia aérea que aconteceu no ano passado. Recorde-se de que a Chapecoense, depois de uma temporada de sonho e muita conquista, ia disputar a final da Taça Sul-Americana, um troféu internacional do continente da América do Sul. A final implicava uma viagem até Medellín, na Colômbia, mas o voo que levava a equipa acabou por se despenhar matando mais de 80 pessoas que iam no interior. Na sequência da tragédia, o mundo inteiro envolveu a Chapecoense no seu maior momento de pesar.