Quem é que no futebol português não se recorda de Eliaquim Mangala? O central internacional francês brilhou em Portugal ao serviço do FC Porto entre 2011 e 2014 e agora, com 31 anos, está sem clube depois de uma ligação de uma época com o Saint-Étienne.

Ainda assim, este não é momento para pensar em pendurar as botas e Mangala pretende encontrar uma nova casa o mais rapidamente possível:

"Não tenho tido muitas abordagens nos últimos tempos. Há clubes que estão à espera do que acontece até novembro. Há o Mundial e os clubes vão ter quase uma segunda pré-época. Nessa altura, muitas equipas poderão olhar com especial atenção para jogadores livres", revelou numa entrevista ao 'Get French Football News'.

Sobre esta última experiência, o central francês revelou as principais dificuldades:

"Foi difícil. Só lá estive nos últimos meses, mas quando cheguei o clube já estava numa situação complicada".

Ainda assim, a transferência para o Manchester City em 2014 foi provavelmente o melhor momento na carreira de Mangala, que se tornou o central mais caro da época.

"É verdade que o valor era muito alto e, com isso, vieram as expectativas. Tentei equilibrar, concentrar-me e focar naquilo que tinha de fazer que era jogar futebol", explicou, antes de comentar o período mais complicado que passou com a camisola dos 'Citizens':

"[Guardiola] Disse que não chegou nenhuma solução, que tinha um perfil muito específico que não era o que ele procurava, mas que iríamos trabalhar juntos e eu poderia ter tempo de jogo. Disse que eu tinha características que outros não tinham e que era um jogador muito bom, mas, pelo estilo de jogo, não era o que procurava e que não tinha qualquer problema comigo", revelou.

O ciclo em Inglaterra terminou em 2019, mas o internacional francês deixou uma nota curiosa sobre o seu futuro no futebol e que envolve precisamente... Pep Guardiola:

"Depois de ser treinado pelo Guardiola, quero ainda mais ser treinador. Não é necessariamente pelo seu estilo de jogo, porque isso pode mudar, mas pela abordagem. Por que jogamos assim? Por que razão fazer este movimento em particular e como o vamos fazer? De que forma cada jogador se posiciona em relação ao outro? Trata-se da abordagem que dás às coisas. Falamos do Pep em relação ao que acontece em campo, mas também do aspeto mental. Ao longo da semana são os discursos dele, a forma como se aproxima de ti para manteres os pés no chão. É tudo. A forma como permiti que chegasse até mim abriu-me os olhos", rematou.