Cai mais um nome dos fundadores da Superliga: o AC Milan anunciou a sua saída da organização da competição.
"As vozes e preocupações dos adeptos por todo o mundo sobre o projeto da Superliga foram fortes e claras, e o nosso clube tem de permanecer sensivel e atento à opinião daqueles que amam este desporto", lê-se no comunicado.
"Iremos continuar a trabalhar para alcançar um modelo sustentável para o futebol", concluem.
O AC Milan junta-se desta forma a Atlético de Madrid e o Inter Milão, que também abandonaram hoje o projeto da criação de uma Superliga europeia de futebol, juntando-se a seis clubes ingleses nesta decisão de não seguir em frente com a prova.
"O Conselho de Administração do Atlético de Madrid, reunido esta quarta-feira de manhã, decidiu comunicar formalmente à Superliga e ao resto dos clubes fundadores a sua decisão de não formalizar a sua adesão ao projeto", lê-se num comunicado dos 'colchoneros'.
O clube espanhol diz que tomou a decisão de se juntar ao projeto "atendendo a circunstâncias que hoje não existem", considerando que, para o Atlético de Madrid, "é essencial que haja harmonia entre todos os elementos que integram a família 'rojiblanca'", em especial com os adeptos.
"O plantel da primeira equipa e o seu treinador mostraram a sua satisfação pela decisão do clube, entendendo que os méritos desportivos devem estar acima de qualquer outro critério", lê-se no comunicado da equipa de João Félix.
Também o Inter Milão confirmou que o clube já não faz parte do projeto de Superliga, embora reconheça que o clube está "sempre empenhado em proporcionar aos adeptos a melhor experiência futebolística".
O Inter "acredita que o futebol, como qualquer setor de atividade, deve ter interesse em melhorar constantemente as suas competições, de forma a continuar a entusiasmar adeptos de todas as idades em todo o mundo", pelo que vai continuar a "trabalhar com instituições e todas as partes interessadas para o futuro" do futebol.
Na terça-feira, os ingleses Arsenal, Chelsea, Manchester City, Manchester United, Tottenham e Liverpool tinham anunciado a sua saída da Superliga.
Dos 12 clubes que, no domingo, anunciaram a criação da Superliga à revelia da UEFA apenas se mantêm AC Milan, FC Barcelona, Juventus e Real Madrid.
A competição deveria ser disputada por 20 clubes, 15 dos quais fundadores – apesar de só terem sido revelados 12 – e outros cinco, qualificados anualmente.
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