A Câmara de Évora já iniciou o processo para a construção do novo estádio do Juventude, em terrenos municipais, depois de o clube negociar a cedência de parte do Sanches de Miranda para instalação de um supermercado.

O presidente do município de Évora, Carlos Pinto de Sá, revelou hoje à agência Lusa que a autarquia foi contactada pela direção do Juventude para a possibilidade de se estabelecer "um acordo para a cedência de um terreno para a construção do novo estádio".

"Estudámos o assunto e concluímos que era possível, mas não se deveria fazer um acordo direto e que aquilo que era mais claro e transparente era, usando os mecanismos que a lei nos põe ao dispor, abrir um concurso", afirmou o autarca.

Segundo Carlos Pinto de Sá, o concurso público, em preparação pelos serviços municipais e que deverá ser lançado dentro de um mês, vai dar a possibilidade de os interessados apresentarem propostas.

"Quem concorrer tem de demonstrar que tem condições para construir o estádio e, em contrapartida do direito de superfície, a câmara quer uma parte do tempo do estádio para fins municipais, nomeadamente para uso da população e de instituições, organizações e até outros clubes", sublinhou.

Fonte próxima do processo disse à Lusa que o Juventude de Évora está a negociar com o Lidl um contrato de constituição do direito de superfície de uma parte do Estádio Sanches de Miranda para a multinacional do setor do retalho construir um supermercado.

O Lidl fica, durante 50 anos, com o direito de superfície de 8.900 metros quadrados e em contrapartida constrói o novo estádio, com relvado natural e lotação de três mil lugares sentados, e um campo sintético e balneários, adiantou a fonte.

Além disso, referiu a mesma fonte, o clube alentejano, cuja equipa sénior disputa o principal campeonato distrital, mantém no atual complexo desportivo os dois pavilhões e o campo de futebol de onze com relva sintética, já existentes.

O presidente da câmara admitiu à Lusa que a autarquia "não tem, infelizmente, instalações municipais e não tem condições para construir um estádio municipal", considerando que esta solução vai permitir que Évora disponha de "uma infraestrutura que faz falta".

"Temos um terreno com nove hectares destinado a zona desportiva e só vamos ceder uma parte para a construção do novo estádio, que, em princípio, deverá andar à volta de dois hectares", precisou Carlos Pinto de Sá.

O terreno em causa situa-se na Herdade do Alcaide, junto ao Bairro de Almeirim, na periferia da cidade, tendo sido adquirido pela câmara, em 2006, para a construção do parque desportivo municipal, que nunca avançou.

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