O uruguaio foi o jogador encarnado mais inspirado na desinspirada noite coletiva em Turim. O Benfica entrou apático, recompôs-se, mas a falta de eficácia redundou num castigo cruel nos penáltis. 

Oblak – O guarda-redes esloveno não foi obrigado a muito trabalho, mas revelou sempre atenção e segurança nas suas intervenções. Nas grandes penalidades pouco conseguiu fazer, já que o Sevilha revelou pontaria certeira.

Maxi – O melhor da noite encarnada. Começou no lado direito da defesa, controlando as investidas do Sevilha, mas teve de reviver os seus tempos de médio com a saída de Sulejmani a partir dos 25’. Muito aguerrido e com diagonais perigosas a furar as marcações do Sevilha, faltou apenas pontaria e mais audácia na hora do remate.

Luisão – O capitão do Benfica não teve uma noite perfeita, cometendo um ou outro deslize, mas protagonizou também cortes decisivos numa atuação marcada pela sua experiência, autoridade e segurança.

Garay – O central argentino fez um jogo quase imaculado e esteve até perto de marcar na baliza de Beto em duas ocasiões. Desta feita, faltou nas suas visitas ao ataque a eficácia que exibiu sempre na defesa, numa imagem perfeita de serenidade e atenção.

Siqueira – O lateral brasileiro foi um dos poucos a escapar à má entrada em cena do Benfica. Confiante e seguro a resguardar a defesa, não revelou receio de participar no ataque e assumir o desequilíbrio individual. Porém, no segundo tempo deixou de ter o mesmo espaço e foi perdendo fulgor com o tempo até sair fisicamente diminuído.

Ruben Amorim – O médio português não sabe jogar mal e cumpriu a preceito as instruções de Jorge Jesus no plano defensivo. Contudo, Ruben Amorim não é Enzo Pérez e a ausência do argentino na transição ofensiva foi algo que o internacional luso de 29 anos não soube colmatar à altura.

André Gomes – O talento e bom toque de bola são evidentes, mas a exigência de uma final da Liga Europa pedia uma intensidade e determinação que apenas soube exibir a espaços. Sem capacidade para pensar o jogo na primeira parte, subiu de rendimento depois quando teve mais espaço. Porém, foi dos primeiros elementos a ‘estoirar’ a nível físico.

Sulejmani – Sofreu uma entrada dura logo aos 13 minutos e ficou de imediato condicionado, saindo aos 25’ para dar lugar a André Almeida. Até então tinha tentado iniciar algumas arrancadas, num momento em que a equipa ainda não estava ao mesmo ritmo.

Gaitán – O argentino foi o espelho fiel do Benfica na partida. Quando passava ao lado do jogo, os encarnados nem chegavam a incomodar Beto; já quando se soltava e desequilibrava, a equipa chegava às melhores ocasiões, onde só faltou encontrar o caminho do golo. É o protagonista de um lance polémico, ao ser derrubado na área do Sevilha em cima do intervalo.

Rodrigo – Pouco solicitado pelos colegas nos primeiros 30 minutos, soltou-se apenas perto do intervalo, ainda a tempo de semear o pânico na defensiva sevilhana. Falhou uma grande ocasião no início da segunda parte e da sua desinspiração também se ressentiu o clube da Luz.

Lima – Fez um jogo esforçado e travou um duelo intenso com Beto. Todavia, o avançado brasileiro nunca foi feliz, desperdiçando oportunidades sucessivas na segunda parte, mas quase sempre por mérito de Beto.

Suplentes:

André Almeida – Assumiu o lado direito da defesa com a saída de Sulejmani e teve o mérito de nunca virar a cara à luta, limpando quase sempre a sua zona de ação com segurança e pragmatismo. No entanto, a sua atuação pecou pela escassa participação ofensiva no jogo do Benfica.

Cardozo – Marcou na final do ano passado e foi chamado ao jogo no segundo tempo sob a mesma esperança. No entanto, evidenciou sobretudo a sua falta de ritmo e não foi feliz nas combinações na frente de ataque. O corolário foi o penálti falhado na decisão da final.

Ivan Cavaleiro – Entrou já nos derradeiros minutos do prolongamento, sem tempo de mexer com a partida.