A novela entre Mesut Ozil e a Alemanha já fez correr muita tinta e promete não parar por aqui. No mês de julho, o jogador do Arsenal anunciou que não voltaria a jogar pela seleção germânica e acusou ainda a Federação Alemã de "racismo e desrespeito".
Na passada semana, Joachim Low, selecionador alemão, viajou até Inglaterra para tentar falar com Ozil, de forma a convencê-lo a recuar na sua decisão de abdicar da seleção da Alemanha, mas o acesso ao centro de treinos do Arsenal foi-lhes negado por indicação direta do treinador Unai Emery.
Esta sexta-feira, em declarações à imprensa alemã, Low lamentou a situação. "O Mesut não quer falar connosco e temos de aceitar essa decisão, apesar de não conhecer as razões", começou por dizer o selecionador da Mannschaft, acrescentando que "não está certo que toda a comunicação seja recusada. Acho que seria bom entrar em conversas depois de fazerem uma crítica severa em comunicado".
"Gostaria que o Ozil, sendo um jogador com quem trabalhei por um longo período, me tivesse ligado, mesmo que fosse para falar apenas um minuto", disse ainda Joachim Low, admitindo estar "desapontado" com o antigo internacional alemão.
A tensão entre Ozil e a Alemanha começou ainda antes do Mundial, quando Mesut e Ilkay Gundogan tiraram uma fotografia com o presidente turco, Recep Erdogan. A imagem foi mais tarde usada por Erdogan na sua campanha eleitoral.
As ligações entre a União Europeia e a Túrquia agravaram-se há dois anos, depois de Recep Erdogan ter alegadamente punido supostos apoiantes de um golpe militar em julho de 2016.
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