O polícia responsável pela morte do ex-futebolista Dalian Atkinson, em 2016, após sofrer a descarga de uma arma de eletrochoque durante 33 segundos, foi hoje condenado a oito anos de prisão por homicídio involuntário.
O polícia Benjamin Monk, de 43 anos, foi considerado culpado na última quarta-feira pelo homicídio involuntário de Dalian Atkinson, após seis semanas de julgamento no tribunal de Birmingham (região central da Inglaterra).
Atkinson, que se notabilizou no Aston Villa na década de 1990, morreu aos 48 anos, em agosto de 2016, depois de receber a descarga da arma de eletrochoque de Monk e dois pontapés na cabeça, durante um incidente ocorrido perto da casa do seu pai.
Monk afirmou que ficou assustado porque Atkinson estava, aparentemente, a passar por um surto psicótico, fez ameaças de morte e quebrou uma porta de vidro perto da casa onde passou a infância, em Telford, a cerca de quarenta quilómetros de Birmingham.
Durante o julgamento, a representante do Ministério Público, Alexandra Healy, considerou que o desenrolar dos acontecimentos evidenciava que o polícia “não agia em legítima defesa”.
Benjamin Monk “continuou a puxar o gatilho por mais de seis vezes da duração da fase de cinco segundos recomendada”, disse Alexandra Healy, que apontou ainda o facto de o ex-futebolista ter sido pontapeado duas vezes na cabeça.
Atkinson começou a carreira no Ipswich Town, antes de se tornar conhecido no Sheffield Wednesday, em 1989. O avançado partiu para Espanha, para representar a Real Sociedad, antes de regressar a Inglaterra, para o Aston Villa.
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