Os primeiro-ministros de Itália e Hungria, Mario Draghi e Viktor Orbán, respetivamente, manifestaram hoje o seu incondicional apoio à UEFA na sua oposição à criação da Superliga Europeia, anunciada segunda-feira por 12 clubes de Itália, Espanha e Inglaterra.
“O governo está a acompanhar de perto o debate em torno do projeto da Superliga e apoia firmemente as posições das autoridades do futebol italiano e europeu no sentido de preservar os campeonatos nacionais, os valores da meritocracia e a função social do desporto”, disse Mario Draghi, num curto comunicado do governo italiano.
No domingo, os italianos do AC Milan, Inter e Juventus, os espanhóis do FC Barcelona, Real Madrid e Atlético de Madrid, e os ingleses do Manchester United, Manchester City, Liverpool, Chelsea, Arsenal e Tottenham, que hoje despediu José Mourinho, anunciaram a criação da Superliga.
Esta nova competição, à margem das da UEFA, e surgindo como concorrente à Liga dos Campeões, tem sido fortemente criticada em toda a Europa e o presidente da UEFA já a classificou mesmo como uma “proposta vergonhosa” de clubes “guiados pela ganância”.
Esta dissidência motivou uma união rara na política transalpina, pois foi reprovada por todos os partidos, incluindo os mais extremistas.
O Primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, também está ao lado da UEFA e a FIFA, bem como a federação do seu país, na demanda de “proteger a integridade das competições federais, tanto a nível nacional como europeu”.
“A Hungria está convencida de que a beleza e a grandeza do maior jogo do mundo residem no fato de que pertence a todos, e os ricos não podem se apropriar dele”, vincou o governante.
Na luta contra a pretensão de alguns dos mais poderosos clubes da Europa, a UEFA disse contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.
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