As eleições para a presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), para o remanescente do quadriénio 2023-27, realizam-se hoje, tendo José Gomes Mendes e Reinaldo Teixeira como candidatos à sucessão de Pedro Proença no organismo.

José Gomes Mendes, presidente da Mesa da Assembleia Geral da Liga de clubes e deputado pelo Partido Socialista, e Reinaldo Teixeira, presidente da Associação de Futebol do Algarve e coordenador dos delegados da LPFP, concorrem ao ato eleitoral, que se realiza entre as 10:00 e as 13:00, na sede do organismo, no Porto.

Pedro Proença deixou a presidência da LPFP para assumir o cargo de presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), na sequência da saída do antigo líder federativo, Fernando Gomes, que completou o máximo de três mandatos permitidos por lei e assumiu os destinos do Comité Olímpico de Portugal (COP).

O plano para a centralização dos direitos audiovisuais será um dos maiores desafios para José Gomes Mendes, de 63 anos, ou Reinaldo Teixeira, de 61, uma vez que a proposta de modelo terá de ser apresentada à Autoridade da Concorrência até ao fim da época 2025/26, estando prevista a entrada em vigor a partir de 2028/29.

A redução do IVA dos bilhetes de jogos de futebol, atualmente em 23%, e a autorização da venda de bebidas de baixo teor alcoólico nos estádios serão ‘batalhas’ a travar já com o novo governo, mas os dois candidatos terão também de debruçar-se sobre a competitividade da I Liga.

José Gomes Mendes é doutorado em Engenharia Civil e lidera desde junho de 2023 a Mesa da Assembleia Geral da LPFP (função que já tinha exercido entre 2014 e 2015), tendo desempenhado vários cargos de secretário de Estado nos governos de António Costa, primeiro de Adjunto e do Ambiente e, depois, da Mobilidade e do Planeamento.

Presidente da Associação de Futebol do Algarve desde 2019, o gestor Reinaldo Teixeira motivou a mais recente troca de acusações entre FC Porto e Benfica, devido os negócios que manteve com Rui Costa, que terão começado quando o presidente do clube lisboeta ainda era jogador.

As 18 sociedades desportivas da I Liga têm direito a dois votos, contra um voto das integrantes do segundo escalão, das quais apenas 16 poderão participar nas eleições de hoje, uma vez que as equipas B de Benfica e FC Porto estão excluídas.