O guarda-redes Aranha, do Santos (ex-equipa de Neymar e de Pelé), sofreu insultos racistas na noite de quinta-feira, em partida da Taça do Brasil em futebol, frente ao Grêmio do treinador Luiz Felipe Scolari.
Aranha disse ter sido chamado de "macaco", ofensa que foi captada por canais de televisão no estádio do Grêmio, em Porto Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul.
O episódio gerou reações nas redes sociais na internet e uma das adeptas que protagonizaram alguns dos insultos perdeu mesmo o emprego, segundo a imprensa brasileira.
Tanto o Santos como o Grêmio divulgaram notas de repúdio contra os atos de racismo e a equipa gaúcha poderá ser punida com multa e com a desclassificação na prova.
Em episódios recentes, futebolistas brasileiros foram alvo de racismo na Europa, como o caso em que um adepto atirou uma banana em campo para o defesa Daniel Alves, do Barcelona, em Espanha.
Apesar de o Brasil ter uma população de negros e mestiços que representa mais da metade dos habitantes, segundo o censo mais recente, e de serem comuns as campanhas antirracismo no futebol, feitas inclusive durante o Mundial, episódios de discriminação ainda ocorrem nos estádios.
No Rio Grande do Sul, Estado com mais de 80 cento da população autodeclarada branca, houve pelo menos outros três casos de racismo no futebol este ano, sendo um deles cometido pelos adeptos do Grêmio contra um defesa do Internacional.
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