Num comunicado, a CBF anunciou que “vai punir com rigor as ofensas racistas no futebol” e destacou que é a primeira entidade do mundo a incluir no regulamento "a possibilidade de punir desportivamente um clube em caso de racismo".
A medida "entrará em vigor já na Copa do Brasil", torneio que reúne quase uma centena de equipas de diferentes categorias dos vários estados brasileiros e que arranca a 22 de fevereiro.
"A luta contra o racismo tem pressa. Medidas vêm sendo discutidas há séculos e nunca colocadas em prática", apontou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, citado no comunicado.
Além das sanções desportivas, "todo e qualquer ato de racismo ou qualquer discriminação" será encaminhado para o Ministério Público e para a Polícia Civil "para que o processo não morra apenas na esfera desportiva" e os "infratores também sejam punidos pela lei", completou o presidente.
Atos cometidos por adeptos também estão contemplados na nova medida, que garante a perda de pontos para a equipa infratora.
A 11 de janeiro, o Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva aprovou uma lei que equipara o crime de injúria racial ao de racismo, com um aumento da pena para crimes cometidos em eventos desportivos ou culturais.
Em maio de 2022, o futebolista português Rafael Ramos, do Corinthians, foi detido por alegados insultos racistas ao jogador do Internacional Edenilson durante um jogo do campeonato brasileiro, mas acabou por ser absolvido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Brasil.
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