Pelé, considerado um dos melhores futebolistas de sempre, foi uma das personalidades brasileiras investigadas pela ditadura militar que governou o país entre 1964 e 1985, demonstraram documentos revelados hoje publicamente.
O governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, inaugurou hoje o portal “Memória política e resistência”, que põe à disposição do público novos documentos da ditadura.
Na ficha de Edson Arantes do Nascimento, mundialmente conhecido como Pelé, constam 11 páginas, que incluem movimentos financeiros do antigo jogador, recortes de jornais, com especial destaque para um atentado à sua casa em 1973, e todos os arquivos policiais relativos a esse acontecimento.
O portal, colocado “online” no dia em que se cumprem 49 anos desde o golpe militar que depôs o presidente João Goulart e instaurou um regime ditatorial, contem 274.105 fichas sobre pessoas investigadas.
Também hoje o antigo futebolista e agora deputado Romário entregou à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) um documento com mais de 50.000 assinaturas, no qual pede a renúncia do presidente José María Marín por alegados vínculos com a ditadura militar.
Marín, que preside a CBF desde março de 2012, foi acusado de ter estado relacionado com o regime militar e de ter acumulado cargos políticos no estado de São Paulo, nas décadas de 1970 e 1980, devido à sua colaboração com a ditadura.
A 13 de março, a federação brasileira publicou um comunicado intitulado "Desmascarando uma falsidade", no qual rejeita as «acusações infundadas» contra Marín.
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