Walter Casagrande Jr. veio a terreno defender Abel Ferreira, técnico muito criticado por estes dias no Brasil. O português que comanda o Palmeiras, líder do Brasileirão e atual bicampeão da Taça Libertadores, esteve na mira dos treinadores Cuca (Atlético Mineiro), Mano Menezes, (Internacional) e Jorginho (Atlético Goianiense).
Para Casagrande, que jogou no FC Porto em 1986/87, não há razão para as críticas feitas ao treinador português.
"O Cuca foi desabafar após jogar contra o Palmeiras, depois do jogo contra o Coritiba. O jogo estava 0-0. Se ele tivesse empatado ou perdido, ficaria quieto. O Cuca estava à espera de ganhar um jogo para poder falar do jogo do Palmeiras, do Abel Ferreira. No jogo entre Palmeiras e Atlético Mineiro, ele e a sua equipa foram incompetentes, não conseguiram marcar um golo contra uma equipa com nove jogadores. É muito difícil assumir que foi incompetente por um dia?", questionou Walter Casagrande, em declarações ao portal brasileiro 'UOL Esporte'.
No jogo em questão, da segunda-mão dos quartos de final da Taça Libertadores, o Palmeiras jogou durante muito tempo com menos um jogador e depois com menos dois. Apesar disso, conseguiu manter a sua baliza a zeros, levando o jogo para as grandes penalidades onde saiu vencedor e apurou-se para as meias-finais da prova. No final, o português disse que Cuca, técnico do Atlético Mineiro, não soube colocar a sua equipa a explorar os espaços na defensiva do Palmeiras.
Para Walter Casagrande Jr, os técnicos brasileiros estão contra Abel Ferreira mas sem qualquer motivo.
"Cada um faz a sua. Estão a unir-se contra um treinador que, por acaso, é estrangeiro? Cuca, Mano e Jorginho uniram-se para atacar, desmerecer e julgar o Abel Ferreira, que é bicampeão da Libertadores, campeão da Taça do Brasil e pode ser campeão brasileiro", atirou.
Na terça-feira, Jorginho, treinador do Atlético Goianiense, deixou fortes críticas a Abel Ferreira, numa entrevista à estação televisiva 'ESPN Brasil'.
"Eu já fui chamado de xenófobo. Olha só a que ponto nós chegámos. Quando as pessoas vencem, esquecem-se. Se um treinador brasileiro fosse para dentro do balneário escutar música na hora dos penáltis, ele seria chamado de cobarde. Mas, por ter ganho, nada acontece, está tudo certo. O Abel é muito bom treinador, e ponto final. Não está em discussão a questão da capacidade dele. O que está em discussão, principalmente nesta situação, é que ele não descobriu o futebol. Nós não estamos na época em que os portugueses estão a vir para cá e a descobrir o futebol, esquece", criticou Jorginho
"O que aconteceu com Jorge Jesus foi extraordinário, assim como o que está a acontecer agora, mas é porque têm um plantel como o do Flamengo e o do Palmeiras. Eu quero vê-lo a fazer o que ele está a fazer ao vir para aqui, para o Atlético Goianiense. Vem para cá ser campeão brasileiro", finalizou o brasileiro.
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