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Os bávaros só não venceram a Supertaça alemã, ganha pelo Borussia Dortmund.
Os alemães do Bayern Munique remataram sábado com a conquista do quinto título, o Mundial de clubes, um 2013 quase perfeito, em que venceram 49 dos 56 jogos disputados e só perderam três vezes.
Em termos práticos, os bávaros só tiveram um resultado verdadeiramente negativo ao longo de todo o ano, o desaire por 4-2 face ao Borussia Dortmund, em casa deste, na Supertaça alemã, que abriu a época 2013/2014.
Depois do pleno de Jupp Heynckes, que arrebatou a Liga dos Campeões, a “Bundesliga” e a Taça da Alemanha, o espanhol Pep Guardiola regressou de um ano sabático da pior forma, mas reentrou, rapidamente, no caminho das vitórias.
Os comandados do ex-técnico do Barcelona já arrebataram a Supertaça Europeia, face ao Chelsea, do ex-rival no Real Madrid José Mourinho, e o Mundial de clubes, selado sábado com um 2-0 na final, perante o anfitrião Raja Casablanca.
Além disso, o Bayern já tem “meio” campeonato ganho, face aos sete pontos de avanço sobre o Bayer Leverkusen e os 12 em relação ao Dortmund, com um jogo a menos, após 17 jornadas, e selou tranquilamente um lugar nos “oitavos” da “Champions”.
Destaque, entre todas as provas, para o campeonato alemão, prova em que o Bayern Munique foi invencível em 2013, com o impressionante registo de 30 vitórias, em 33 encontros, com 96 golos marcados e 19 sofridos.
No corrente ano, os bávaros só empataram em Dortmund (1-1), à 32.ª ronda do último campeonato, e, pelo mesmo resultados, nos redutos do Friburgo (quarta jornada) e Bayer Leverkusen (oitava), já em 2013/2014.
Em relação às outras provas, e além do desaire na Supertaça alemã, o conjunto de Munique só não venceu o jogo da Supertaça Europeia (5-4 na “lotaria”, após 2-2 nos 120 minutos) e dois da “Champions”, ambos sem consequências.
Nos “oitavos” da época 2012/2013, os alemães perderam por 2-0 na receção ao Arsenal, mas após um triunfo em Inglaterra por 3-1, e, na fase de grupos da presente época, caíram por 3-2 na receção a outros ingleses, agora o Manchester City, mas o resultado selou, ainda assim, o triunfo no agrupamento.
Os resultados negativos, ainda que pouco penalizantes, foram, porém, uma enorme minoria, num ano marcado por sucessivas vitórias, incluindo nos primeiros 10 jogos, num ciclo em que merece destaque um 6-1 ao Werder Bremen.
Seguiu-se o desaire com os “gunners”, mas, em seguida, vieram mais 11 triunfos de rajada, incluindo um 7-0 no total dos dois jogos com o FC Barcelona, nas “meias” da Liga dos Campeões, um 9-2 ao Hamburgo e mais duas goleadas por 6-1.
Já com o campeonato ganho, o Bayern empatou na casa do Borussia Dortmund, equipa que, depois, viria a bater no “jogo do ano”, a final da “Champions”: um golo do holandês Arjen Robben, a acabar, selou o 2-1 final.
A época acabou, aliás, com quatro triunfos, incluindo, na despedida, um tangencial 3-2 ao Estugarda, em Berlim, que valeu o terceiro título de 2013, a Taça da Alemanha.
Começou, então, a “era” Guardiola, que se estreou a perder, mas, depois, somou uma série de 24 jogos consecutivos sem repetir tal desfecho, cedendo apenas dois empates no campeonato, mais o que lhe valeu a Supertaça Europeia.
Após o 2-3 com o City, o Bayern somou mais três vitórias, das duas últimas no Mundial de clubes, o quinto título do ano para o Bayern e o 16.º da carreira de Guardiola, em apenas quatro épocas e meia – Mourinho tem 20, em mais de 10.
O técnico catalão está, assim, a dar a melhor sequência à fantástica época do antecessor Jupp Heynckes, sendo que o tem feito dando o seu cunho pessoal à equipa, nomeadamente no que respeita à posse de bola, um “tiki taka” à alemã.
A ausência, nos “grandes” jogos, de um “9” clássico –Mandukic no banco e Thomas Müller, mais móvel, como o jogador mais avançado – e a passagem de Lahm de lateral direito para o meio campo são outras das marcas do Bayern 2013/2014.
De resto, continua a preponderância de jogadores como Franck Ribéry, candidato a “Bola de Ouro”, bem como do guarda-redes Neuer, dos defesas Boateng e Alaba, dos médios Kroos e Schweinsteiger e dos avançados Robben e Müller, enquanto Thiago está cada vez mais integrado.
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