O novo campeão de futebol de Cabo Verde será conhecido no domingo, com Sporting da Praia mais perto, após vencer Ultramarina de São Nicolau por 2-1, na primeira mão da final do campeonato mais polémico no país.
Em caso de vitória – a primeira em cinco anos -, será o 12.º título da equipa da região desportiva de Santiago Sul, que cimentará o estatuto de segunda equipa mais titulada de Cabo Verde, atrás do Mindelense, que venceu o campeonato por 19 vezes.
Já a Ultramarina de São Nicolau parte em desvantagem para a finalíssima, mas ainda acredita que será se vai sagrar campeão de Cabo Verde pela primeira vez, nesta que é a sua terceira presença numa final, depois de 1996 e 2003.
O jogo está marcado para às 15:30 locais (17:30 em Lisboa) no Estádio da Várzea, ‘casa’ do Sporting da Praia, que terá apoio do seu público, mas a Ultramarina deverá contar também com suporte dos muitos são-nicolauenses que vivem na capital cabo-verdiana.
O Sporting da Praia chegou à final após eliminar a Académica do Porto Novo, enquanto a Ultramarina beneficiou da polémica eliminação do Mindelense, que não conseguiu reunir jogadores suficientes para se deslocar a São Nicolau para realizar o jogo.
O jogo seria repetido em agosto por não ter acontecido em junho, porque depois de dois adiamentos, na terceira data prevista, não apareceram as chaves para abrir os portões do estádio em São Nicolau.
Entretanto, mesmo sem se realizar o jogo da primeira mão em São Nicolau, a FCF marcou o da segunda mão em São Vicente, em que a Ultramarina venceu o Mindelense por 2-0.
Ninguém foi penalizado, e mais de um mês depois a federação anulou o jogo e mandou repetir a eliminatória, mas o Mindelense já não conseguiu reunir o número suficiente de jogadores para viajar para São Nicolau e não compareceu ao jogo.
Os campeões de São Vicente, ainda tetracampeões nacionais, foram penalizados com derrota, multa de 136 euros, eliminação e consequente apuramento da Ultramarina para a final. A decisão não agradou ao Mindelense, que vai recorrer e impugnar o campeonato.
Após a polémica, o presidente da Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF), Vítor Osório, foi destituído do cargo e serão realizadas eleições antecipadas no dia 30 de setembro.
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