A seleção nacional foi ontem eliminada da Taça das Confederações ao perder nas meias-finais com o Chile, por 3-0, no desempate por grandes penalidades, após um empate a zero, num registo da marca dos onze metros até ontem inédito na equipa portuguesa.
Três grandes penalidades falhadas consecutivas. Um registo nunca antes visto na seleção principal de Portugal na decisão de jogos oficiais por desempate por grandes penalidades que teve no guardião chileno, Cláudio Bravo, uma espécie de 'Adamastor' nas pretensões lusas para rumar à final.
Após 120 minutos sem golos, o campeão sul-americano foi mais forte no desempate por grandes penalidades ao marcar as três oportunidades, com Portugal, vencedor do Euro2016, a não converter nenhuma perante o 'gigante' Claudio Bravo, que travou os remates de Ricardo Quaresma, João Moutinho e Nani.
Com este registo, Portugal entrou para o restrito lote de seleções que falharam todas as grandes penalidades em grandes provas, juntando-se assim a China (0-3 com o Irão na Taça da Ásia de 1988), Suíça (0-3 com a Ucrânia no Mundial de 2006), Brasil (0-2 com o Paraguai na Copa América de 2011) e Coreia do Sul (0-3 com o Japão na Taça da Ásia de 2011).
A equipa das quinas chegava à Taça das Confederações com um registo nas grandes penalidades com uma percentagem de sucesso de 76 por cento (16 marcados com sucesso em 21 convertidos), mas depois de falhar três grandes penalidades frente ao Chile, Portugal tem agora apenas 66 por cento de sucesso (16 marcados com sucesso em 24 convertidos).
Mas nas grandes penalidades, os guarda-redes também contam para a estatística e Portugal tem tido um registo assinalável com um índice de sucesso de 30 por cento apesar do insucesso de Rui Patrício em travar os remates dos chilenos. Em 20 tentativas contra Portugal, sete jogadores adversários viram os guarda-redes portugueses negar-lhes o golo, com Ricardo e Rui Patrício a defenderem seis dessas tentativas.
Em oito meias-finais de grandes competições de seleções, Portugal foi derrotado em seis e apenas chegou a duas finais (2004 e 2016).
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