O coordenador de responsabilidade social da Federação Internacional de Futebol (FIFA), Federico Addiechi, defendeu hoje o direito do povo brasileiro em protestar, mas condenou os atos de violência ocorridos nas manifestações.
«[O direito ao protesto] é uma grande coisa e podemos ver isso no Brasil. O Brasil é um país democrático. E, mesmo que isto esteja a acontecer durante a Taça das Confederações ou se acontecer durante o Mundial 2014, as pessoas, numa democracia, têm o direito [de protestar] e temos que aplaudir isso. Isso é algo positivo, mas condeno qualquer ato de violência», afirmou Addiechi.
Um dos motivos para as manifestações que têm vindo a acontecer por todo o território brasileiro foi o aumento que o governo brasileiro anunciou nos transportes públicos e o excessivo gasto dos dinheiros públicos com a organização do Mundial de futebol, que se realiza em 2014, com a Taça das Confederações, a decorrer, e com os Jogos Olímpicos Rio2016.
O ministro do desporto brasileiro, Luís Fernandes, já informou que partilha da opinião de Federico Addiechi, mas alerta que o povo brasileiro também tem o direito de assistir à Taça das Confederações e que esse direito deve ser salvaguardado.
De todos os jogos já disputados na Taça das Confederações, só houve manifestações em dois, no jogo inaugural entre o Brasil e o Japão, em Brasília, no último sábado, e no jogo que opôs o México à seleção da Itália, que se disputou no domingo, no estádio Maracanã, no Rio de Janeiro.
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