O Boavista anunciou esta segunda-feira que vai recorrer da sanção que o Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) lhe aplicou pelo “comportamento violento” dos seus adeptos no jogo com o Lousada da época passada.
A notificação do CD chegou hoje ao Boavista e o recurso pode ser feito até à próxima-quinta-feira, dia 15, tendo “efeitos suspensivos” sobre a sanção, disse o presidente “axadrezado”, Álvaro Braga Júnior, numa conferência de imprensa realizada esta tarde devido a esta situação.
«Acredito no bom senso do Conselho de Justiça», afirmou, considerando que «o recurso pode reduzir esta sanção leonina».
Braga Júnior contestou que o CD tenha agido contra o Boavista “um ano e nove meses depois” dos incidentes registados nesse jogo com o Lousada, da II Divisão, que os “axadrezados” perderam por 2-0.
«Parece que o CD quis limpar a casa antes do ato eleitoral», comentou Braga Júnior, referindo-se às recentes para eleições para os corpos sociais da Federação.
Parra Braga Júnior, o «CD não cometeu nenhuma irregularidade, o problema está nos regulamentos», referindo «um absurdo» que, em sua opinião, a nova equipa diretiva da FPF deve corrigir quanto antes sobre pena de, “qualquer dia”, a II Divisão ficar com “muito menos equipas”.
O dirigente lembrou que «um tão badalado caso que meteu fogo valeu ao clube dos adeptos que fizeram isto uma multa de 1.800 euros», referindo-se assim ao incêndio registado no Estádio da Luz, após o encontro Benfica-Sporting.
«A multa aplicada ao Boavista parece-me um perfeito ridículo», concluiu, dizendo que «gostava que a nova Federação fosse capaz de alterar estas situações», porque, caso contrário, os clubes dos campeonatos não profissionais «acabam por fechar as portas».
O Boavista contesta, ainda, o castigo, alegando que o CD se baseou em «provas testemunhais» e terá que ignorado «o DVD e as fotos» que o clube enviou à FPF, além das queixas que vários adeptos “axadrezados” apresentaram então por terem sido agredidos.
Álvaro Braga Júnior afirmou que duas dessas queixas foram apresentadas pelo enfermeiro da sua equipa e pela «então diretora das Relações Públicas».
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