A decisão foi tomada depois de a direção do emblema setubalense, presidida por Paulo Gomes, ter entregado na quinta-feira cartas de renúncia, pedidos esses que foram aceites pelo líder da MAG.
“Vimos comunicar que foram aceites os pedidos de renúncia. Vamos convocar a Assembleia Geral eleitoral com vista à eleição de associados para todos os órgãos sociais, a qual decorrerá 30 dias após a publicação da convocatória no ‘site’ do clube, o que vai ocorrer de imediato”, informou.
O advogado Cândido Casimiro refere que, enquanto não forem eleitos os novos órgãos sociais, a direção fará “apenas a gestão de atos correntes”.
“Entendemos que sendo a renúncia uma declaração inequívoca de impossibilidade de cumprir o programa eleitoral sufragado e de responder às necessidades e acautelar os interesses do clube, uma direção não pode, nem deve, praticar atos de gestão donde resultem obrigações contratuais, económicas e financeiras, a não ser que sejam inadiáveis e todas avalizadas, mantendo a direção apenas a gestão de atos correntes”, explicou.
Depois de nas eleições de janeiro de 2020 se terem apresentado cinco candidatos à presidência do Vitória de Setúbal, a MAG, numa reunião que juntou no sábado elementos de todas as listas, entende ser desejável a criação de uma lista que promova a união.
“Nesta reunião foi proposta e aceite que João Martins, Presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar, e Jorge Lobato, 1.º Secretário da MAG, servissem de moderadores para tentar encontrar uma solução diretiva, onde cabem todos os vitorianos que possam contribuir para a apresentação de uma desejável candidatura forte, estruturada e com soluções para os graves problemas que o clube enfrenta”, lê-se.
Cândido Casimiro avançou que o clube, que vive uma grave crise depois de ser relegado pela Liga ao Campeonato de Portugal por não ter cumprido os pressupostos necessários ao seu licenciamento, vai agendar para 27 de setembro uma “Assembleia Geral referendária” para deliberar sobre a aceitação da doação de terrenos feitos pela Câmara Municipal de Setúbal ao clube.
“Vai ser convocada uma Assembleia Geral, a que chamamos de referendária, para evitar os condicionalismos legais existentes, para deliberar sobre a aceitação da doação feita pela Câmara Municipal de Setúbal ao clube de 65 lotes de terreno, sitos em Praias do Sado, e ainda sobre a autorização da direção dar de hipoteca à Fazenda Nacional (Autoridade Tributária) estes lotes para garantir o pagamento de dividas fiscais da SAD”, refere.
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