O Varzim vai colocar um processo em tribunal contra o Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) por difamação e má fé, após as acusações feitas por Joaquim Evangelista relativamente à situação do jogador Maximiliano Santos.

O presidente do SJPF afirmou que o defesa brasileiro vive «uma situação dramática, na qual lhe é negado o direito à habitação e à alimentação paga pelo clube», acusações que foram hoje, em conferência de imprensa, completamente negadas pela direção do clube.

O presidente do Varzim, Pedro Faria, garantiu que «o bom nome do clube foi posto em causa» e admitiu que «o departamento jurídico já está a tratar de processar o autor das acusações».

«Este clube não deve nada a ninguém desde o primeiro dia que assumi as funções. Temos tudo em dia com toda a gente e inclusive já resolvemos problemas pendentes de direções anteriores. Por isso, não admito que nos acusem de tratar alguém desumanamente», afirmou o dirigente.

O diretor desportivo do Varzim, Alexandre Vilacova, a quem Joaquim Evangelista exigiu a irradiação do futebol, acusando-o de ser o principal responsável "pelos atos desumanos", garantiu que "nada do que foi dito pelo presidente do SJPF é verdade".

«O jogador esteve alojado num apartamento do clube, comeu nos melhores restaurantes da cidade até finais de fevereiro, tudo à custa do Varzim, e nunca foi impedido de o fazer. Aliás, nós nem tínhamos qualquer obrigação para o fazer, já que no contrato que ele assinou estava apenas previsto o alojamento, as refeições e despesas de saúde enquanto estivesse à experiência», esclareceu Alexandre Vilacova, que afirmou ainda que o jogador «foi dispensado no âmbito de uma reestruturação, e após se entender que o atleta em questão não tinha qualidade para representar o clube».

«Ele esteve lesionado três meses. Nós recuperámo-lo mas depois percebemos que não tinha qualidade para jogar no Varzim. Fizemos um acordo de cavalheiros, onde nos comprometemos a ajudá-lo a encontrar um clube. Pediu-nos para ficar até final de Janeiro. Arranjámos um clube nos Açores para ele ir jogar, mas como ele tinha o passaporte caducado a ida dele ficou sem efeito», explicou ainda o dirigente.

Alexandre Vilacova acusou o presidente do Sindicato de «querer mediatismo. O senhor Joaquim Evangelista devia era trabalhar na sua área, devia ter mérito naquilo para qual estudou e não apareça à custa do trabalho dos outros. Para mim ele não vale nada», disse.

O presidente do Varzim garantiu no final da conferência que tinham recebido durante a manhã o processo de rescisão do jogador Maximiliano Santos, pedido pelo próprio jogador.