O Palmeiras, comandado pelo treinador português Abel Ferreira, qualificou-se na terça-feira pela quinta vez para a final da Taça Libertadores em futebol, apesar de perder por 2-0 na receção ao River Plate, na segunda mão das meias-finais.
Depois do triunfo por 3-0 na Argentina, na primeira mão, os brasileiros quase perderam a vantagem, ao sofrerem dois golos, marcados pelo paraguaio Robert Rojas, aos 29 minutos, e o colombiano Rafael Santos Borré, aos 44.
O conjunto brasileiro, que ganhou a prova pela única vez em 1999, sob o comando do ex-selecionador português Luiz Felipe Scolari e foi finalista vencido em 1961, 1968 e 2000, vai defrontar na final o vencedor da eliminatória entre Santos e Boca Juniors, em 30 de janeiro, no Maracanã, no Rio de Janeiro.
Santos e Boca Juniors decidem hoje no Estádio Vila Belmiro, em Santos, o segundo finalista, na segunda mão das meias-finais, depois do empate a zero no La Bombonera, em Buenos Aires.
Resumo da partida: VAR e árbitro decisivos para o Palmeiras afastar um monumental River
Depois do desaire caseiro por 3-0, na primeira mão das meias-finais, os argentinos não entraram derrotados no sintético do Allianz Parque, palco da segunda, e quase deram a volta à eliminatória, com dois golos na primeira parte, do paraguaio Rojas, aos 29 minutos, e do colombiano Santos Borré, aos 44.
Na segunda parte, o River fez mais do que o suficiente para, no mínimo, forçar o desempate por penáltis, mas, então, o Palmeiras teve o ‘apoio’ do VAR e do árbitro, que não permitiram que os ‘milionários’ chegassem ao terceiro golo.
Gonzalo Montiel conseguiu marcar logo aos 52 minutos, assistido por Angileri, mas o VAR descortinou um fora de jogo inexistente na jogada, e, aos 75, o árbitro assinalou penálti, após falta de Alan sobre Matías Suárez, mas, alertado pelo VAR, foi ver as imagens e, aos 79, resolveu, afinal, não marcar.
Esta jogada aconteceu já com o River Plate reduzido a 10 unidades, por expulsão de Rojas, que, aos 73 minutos, viu o segundo amarelo, por falta sobre Luiz Adriano.
O conjunto de Marcelo Gallardo assumiu o comando do encontro desde o início, mas a primeira ocasião, e única em toda a primeira parte, até pertenceu aos anfitriões, com Roni a aparecer isolado, mas a não conseguir fintar o guarda-redes Armani.
A pressão do River deu frutos aos 29 minutos, através de um imparável cabeceamento de Rojas, na sequência de um canto marcado na direita por De La Cruz.
Os argentinos ficaram ainda mais empolgados, enquanto os brasileiros começaram a ‘tremer’, mais ainda depois da saída por lesão de Gustavo Gomez, aos 41 minutos, e, aos 44, Santos Borré marcou o segundo, após novo cruzamento da direita de De La Cruz, com um ligeiro desvio de Matías Suárez.
A segunda parte começou com duas ameaças de De La Cruz e prosseguiu com o terceiro golo dos argentinos, apontado, aos 52 minutos, por Montiel, de pé direito, após centro de Angileri. Seria, se o VAR não tivesse ‘inventado’ um fora de jogo.
Luan, com um remate para a própria baliza, aos 58 minutos, e Nacho Fernández, aos 61, estiveram perto de fazer o terceiro do River, que, depois, pareceu desacreditar, para, aos 72, ficar reduzido a 10, por expulsão de Rojas.
A situação voltou, porém, a acordar os ‘milionários’, que, aos 75 minutos, conquistaram um penálti, após falta de Alan, já ‘amarelado’, sobre Matías Suaréz. Borre pediu o segundo amarelo e foi ele admoestado e, quando Montiel se preparava para marcar, o árbitro foi ao VAR e, aos 79, decidiu, afinal, não assinalar.
O River Plate terá ‘pensado’ que não haveria forma de chegar ao terceiro golo, que também não apareceu aos 84, num remate de Santos Borré ao poste esquerdo, ou aos 90+1, quando Montiel, em boa posição na área, atirou muito ao lado.
Os descontos foram de mais de 10 minutos, tantas as paragens, mas o Palmeiras, que só ameaçou num contra-ataque de três contra um muito mal aproveitado, segurou o precioso 0-2, com o VAR ainda a avalizar novo possível penálti para o River. Novo fora de jogo.
O conjunto brasileiro segue, assim, para a final de 30 de janeiro, no Maracanã, onde Abel Ferreira pode repetir os feitos de Luiz Felipe Scolari, único campeão com o Palmeiras, em 1999, e Jorge Jesus, vencedor da prova em 2019 pelo Flamengo.
As meias-finais fecham hoje, no Estádio Vila Belmiro, em Santos, onde o conjunto brasileiro recebe o Boca Juniors, depois do ‘nulo’ da primeira mão, na Argentina.
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