O paraguaio Alejandro Dominguez foi hoje reeleito para um terceiro mandato de quatro anos na presidência da Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL), durante o 75.º congresso do organismo, em Doha, no Qatar.

O empresário, de 50 anos, que era o único candidato que se apresentou a sufrágio, foi eleito pela primeira vez presidente em 2016, numa altura em que o organismo foi abalado por um escândalo de corrupção, sendo posteriormente reconduzido no cargo, em 2018.

Alejandro Domínguez foi reeleito presidente após votação de 10 federações sul-americanas, que mantiveram o voto de confiança ao paraguaio que reformou a CONMEBOL, após a prisão do seu antecessor e compatriota Juan Angel Napout.

Em declarações ao congresso, o presidente da confederação sul-americana disse estar orgulhoso por ter conseguido organizar a Copa América 2021 em cima da hora no Brasil, face à pandemia de covid-19, quando inicialmente estava planeada para decorrer na Argentina e na Colômbia, em 2020.

“Fomos a única organização não-governamental do mundo que obteve lotes de vacinas para imunizar o seu ecossistema”, afirmou Domínguez no pódio do congresso, que contou com a presença do presidente da FIFA, Gianni Infantino, a poucas horas do sorteio do Mundial2022.

Domínguez também saudou a colaboração da CONMEBOL com sua congénere europeia, a UEFA.

As duas confederações planeiam unir forças para a organização de competições, começando pela ‘Finalíssima’, jogo de gala marcado para o início de junho, em Londres, entre Itália e Argentina, respetivamente detentores do Euro2020 e da Copa América2021.

Também foi mencionada a reforma da Liga das Nações, competição da UEFA lançada em 2018 para substituir jogos amigáveis internacionais, com a possível inclusão de seleções sul-americanas, conforme sugerido em dezembro de 2021 pelo vice-presidente polaco da UEFA, Zbigniew Boniek.

Domínguez, que também é vice-presidente da FIFA, é um empresário que se formou ao administrar empresas do grupo familiar. Ao mesmo tempo, presidiu ao clube de Assunção, Olimpia, o mais prestigiado do país, antes de assumir as rédeas da federação paraguaia.