Um início de segunda parte ‘demolidor’ conduziu na quarta-feira o Santos a um convincente triunfo na receção ao Boca Juniors, por 3-0, e consequente apuramento para uma quinta final da Taça Libertadores em futebol.
Após o ‘nulo’ conquistado no mítico La Bombonera, o conjunto brasileiro só precisava de vencer e adiantou-se no marcador logo aos 16 minutos, por Diego Pituca, para selar, praticamente, o passaporte no início da segunda parte, com mais dois golos.
O venezuelano Yeferson Soteldo apontou o segundo tento, aos 49 minutos, e Lucas Braga concretizou o terceiro, aos 51, depois de uma excelente jogada individual de Marinho, o mais entusiasmante jogador do ‘peixe’.
O Santos, comandado por Cuca, mas que foi liderado pelo português Jesualdo Ferreira no início da campanha – dois jogos em março de 2020, antes da pandemia da covid-19 -, vai tentar repetir 1962, 1963 e 2011, sendo que também foi finalista em 2003.
Na final 100% brasileira de 30 de janeiro, no Maracanã, a terceira na história da prova, depois de 2005 e 2006, o Santos encontra o Palmeiras, de Abel Ferreira, que vai procurar repetir o feito único de Luiz Felipe Scolari, em 1999, e suceder a Jorge Jesus, vencedor em 2019 com o Flamengo.
A formação da casa entrou em ‘grande’ e quase marcou antes de completados os primeiros 30 segundos, num remate espontâneo de Marinho, que embateu no poste direito de Andrada.
O Santos acabou mesmo por passar para a frente da eliminatória, aos 16 minutos, num remate de pé esquerdo, à meia volta, de Diego Pituca, depois de uma jogada confusa na área do Boca Juniors, com pedidos de penálti dos brasileiros.
Até ao intervalo, o conjunto santista foi sempre mais perigoso e beneficiou de várias ocasiões para aumentar a vantagem, nomeadamente por Marinho e Kaio Jorge, enquanto Lucas Veríssimo, que poderá reforçar o Benfica, chocou com um adversário e ficou a sangrar da cabeça, tendo mesmo de ser assistido fora do campo.
Para a segunda parte, o Boca veio com Capaldo e Buffarini nos lugares de Diego González e Jarra, mas foi o Santos a entrar melhor, muito melhor, com Soteldo a marcar o segundo golo com um forte remate junto ao poste direito, aos 49 minutos.
A final ficou mais ‘inclinada’ para os brasileiros e sentenciada escassos dois minutos volvidos, quando Lucas Braga se limitou a encostar, à entrada da pequena área, depois de uma grande jogada – mais uma – de Marinho, sobre a direita.
Os argentinos ainda ameaçaram reduzir, num remate de Carlitos Tévez, mas ‘renderam-se’ em definitivo pouco depois, aos 56 minutos, com a expulsão de Frank Fabra, que viu o vermelho direto ao pisar ostensivamente Marinho.
Na última meia hora, com tudo mais do que resolvido, ambas as equipas poderiam ter feito funcionar novamente o marcador, mas o 3-0 já não ‘mexeu’, com o Santos a fazer a festa e a sonhar em repetir os êxitos de Pelé em 1962 e 1963 e Neymar em 2011.
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