O Palmeiras, de Abel Ferreira, venceu na noite deste sábado o Flamengo, de Renato Gaúcho, por 2-1, e sagrou-se campeão da Libertadores, pelo segundo ano consecutivo e pela terceira vez na sua história.
Este é o terceiro título do Palmeiras na principal prova continental sul-americana, igualando São Paulo, Santos e Grêmio como clube brasileiro mais titulado na Libertadores.
O primeiro golo do encontro acontece logo aos cinco minutos por intermédio de Raphael Veiga. Uma falha na marcação por parte de Filipe Luís permitiu a Mayke assistir para Veiga, que colocou o Palmeiras na frente.
Aos 16 minutos, Bruno Henrique desperdiçou uma grande oportunidade de empatar o marcador. Sozinho na área, o jogador do Flamengo atrapalhou-se e não chegou a conseguir o remate.
Apenas dois minutos foi a vez de Gabigol tentar a sua sorte. Na sequência de um cruzamento de Arrascaeta, o antigo jogador do Benfica cabeceou, mas atirou para fora.
Aos 28 minutos foi o Palmeiras que esteve perto de afetar o marcador novamente, quando Raphael Veiga fez um cruzamento para a área que Rodrigo Caio quase transformou em autogolo.
À meia hora de jogo Filipe Luis deixou o relvado lesionado e foi substituído por Renê, que fez o quarto jogo na Libertadores, o 3º como suplente utilizado.
Perto do final da primeira parte, depois de uma bela jogada de Gabigol, Arrascaeta teve a maior oportunidade de empatar o encontro, mas uma grande defesa de Weverton manteve a vantagem do Palmeiras.
Já no segundo tempo, aos 55 minutos, David Luiz estava sozinho na área e tentou o golo, mas Weverton conseguiu evitar. Quatro minutos depois foi Bruno Henrique quem podia ter marcado, mas a defesa do Palmeiras conseguiu desviar.
Depois de várias tentativas, aos 72 minutos, Gabigol conseguiu devolver o empate ao marcador, de pé esquerdo, na sequência de uma assistência de Arrascaeta.
A segunda parte trouxe várias dificuldades para a equipa de Abel Ferreira, que mostrou muitos problemas com a criação de jogo e que via o Flamengo a dominar com facilidade, enquanto criava oportunidades de golo.
Aos 85 minutos, Michael esteve perto de carimbar a reviravolta depois de um passe de Arrascaeta, mas falhou na finalização. O jogo acabou por seguir para prolongamento.
Aos cinco minutos da primeira parte do prolongamento, o Estádio Centenário, em Montevideu, Deyverson aproveitou um erro adversário, roubou a bola no ataque e, sozinho frente a Diego Alves, levou a melhor sobre o guarda-redes do 'Mengão'.
Percurso até à final da Libertadores
Depois de na semana passada ter recebido a final da Taça Sul-Americana, o Estádio Centenário, em Montevideu, voltou este sábado a ser o palco de nova decisão continental, com a formação paulista, vencedora em 2020, a defrontar os cariocas, que ergueram o troféu em 2019, então sob o comando do português Jorge Jesus.
Já sem hipóteses matemáticas de vencer o campeonato brasileiro, no qual ocupa o terceiro posto, o Palmeiras tinha na capital uruguaia a oportunidade de vencer o único troféu esta época, depois de ter perdido as finais do ‘Paulistão’, da Supertaça brasileira, precisamente para o Flamengo, da Supertaça sul-americana e de já ter sido eliminado da Taça do Brasil.
Para chegar à final, o 'verdão' venceu o Grupo A, superando o Independiente del Valle, de Renato Paiva e o Universitario. Afastou depois o Universidad Católica, São Paulo e Atlético Mineiro. Dois triunfos por 1-0 frente à equipa Chilena, vitória sobre o São Paulo por 3-0, depois de um empate na primeira mão. Nas meias finais, tirou do caminho o Atlético Mineiro, equipa que tem 'reinado' este ano Brasileirão, depois de 0-0 em casa e um empate fora de portas (1-1).
Do outro lado, o Mengão somou nove vitórias e três empates, saindo vencedor do grupo, superando Velez Sarsfield, Liga Quito e Unión La Calera. Nas partidas a eliminar bateu o Defensa Y Justicia por 5-1 (1-0 fora e 4-1 em casa), o Olimpia por 9-2 (4-1 fora e 5-1 em casa) e o Barcelona por 4-0 (2-0 em casa e 2-0 fora).
Nas semi-finais, bateu o Barcelona do Equador, com Bruno Henrique em destaque com quatro golos apontados no dois jogos.
O conjunto do Rio de Janeiro, que ainda acalenta - poucas - esperanças na revalidação do título brasileiro, procurava, em Montevideu, juntar a ‘Copa’ Libertadores ao título carioca e à Supertaça brasileira já conquistados esta temporada.
Esta foi a sexta presença dos palmeirenses na final da Libertadores, a qual conquistaram em 1999, frente ao Deportivo de Cali, e 2020, perante o Santos, ao passo que os ‘rubro-negros’, liderados por Renato Gaúcho, disputaram a decisão da competição pela terceira vez, tendo vencido as duas anteriores em que participaram, em 1981, face ao Cobreloa, e 2019, com o River Plate.
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