Breno, o autor do golo que deu no sábado ao Palmeiras, do português Abel Ferreira, a vitória na final da Taça Libertadores de futebol, disse que o plantel vai "entrar para a História" com esta conquista.

"Não dá para descrever. Sabíamos que os torcedores queriam este título, trabalhámos muitos anos e hoje entrámos para a história. Felizmente, fui premiado com um golo, agora podemos festejar, somos campeões da Libertadores", atirou.

No nono minuto de descontos, e com uma cabeçada certeira, Breno fez o segundo golo da ainda curta passagem no Palmeiras (17 jogos, dois golos), mas um que será certamente dos mais importantes da carreira, por ter ‘abatido' o Santos no Maracanã.

O avançado foi a única contratação do ‘verdão' desde a chegada de Abel Ferreira ao comando técnico da equipa e hoje o avançado de 25 anos justificou a aposta, depois de ter começado a época no secundário Juventude, tendo conseguido no sábado a promoção ao principal escalão, num dia de festa dupla para Breno.

Abel Ferreira, de resto, destacou em conferência de imprensa a contratação do atacante, pela sua polivalência e por ser "um grande homem", um critério decisivo quando contrata jogadores.

"Saiu-nos esta peça", brincou o técnico.

Do lado da final perdida, o avançado Marinho, eleito melhor jogador da Libertadores, por votação popular, pediu desculpa aos adeptos do Santos, após a derrota na final.

"Peço desculpas porque esperavam muito de mim. Sei o peso que tenho com esta camisola e estou muito emocionado, porque era o título que sonhava. Infelizmente, não o conseguimos hoje. Preparei-me e não o consegui. Estou triste, mas lutámos até ao fim", referiu o avançado do ‘peixe'.

Marinho marcou quatro golos no percurso do Santos até à final de sábado.

"Agradeço a toda a nação ‘santista' e estou triste, porque os adeptos mereciam o título, mas estamos unidos, concentrados, e agradeço também ao técnico Cuca porque nos deu confiança para chegar aqui", referiu.

O treinador adjunto do Santos, irmão do principal, Cuca, expulso durante a partida, admitiu a "tristeza geral pelo jogo" que a formação ‘santista’ fez, estando toda ela "de parabéns".

"Parabéns ao Palmeiras, que mereceu durante toda a prova, mas talvez não hoje. O empate e prolongamento, ou uma vitória nossa, seria o mais justo. [...] Todos sabem os problemas que atravessámos", destacou.

A expulsão do treinador principal "desestabilizou a equipa", e Cuquinha denunciou "uma rasteira ao Cuca" por parte de Marcos Rocha, além de dizer que os paulistas "marcaram na única oportunidade que tiveram".

Alison admitiu que o resultado "é doloroso", mas "o futebol é assim". "Só podia ganhar um, ninguém acreditava que chegássemos aqui. Temos de tirar o chapéu a estes ‘moleques', que jogaram com uma responsabilidade absurda e deram conta do recado", enalteceu.

Em conferência de imprensa, também Pituca pediu desculpa "a toda a nação ‘santista’" pela derrota, mesmo sabendo "que ia ser um jogo difícil".

De saída para o futebol japonês, reiterou o pedido de desculpas, mas admitiu que sai "de cabeça erguida".

Na sua quinta final, o Palmeiras conquistou no sábado a Taça dos Libertadores pela segunda vez na sua história, depois da conquista em 1999, então sob o comando de Luiz Felipe Scolari, antigo selecionador de Portugal, ao vencer o Santos, por 1-0, com um golo do suplente Breno Lopes, aos 90+9 minutos.