O jogo de quinta-feira à noite entre a Bulgária e a Hungria, em Sófia, de qualificação para o Euro2024 e disputado à porta fechada, resultou em cerca de 60 pessoas feridas, em resultado de confrontos violentos.

Entre os adeptos manifestantes, 24 tiveram de ser assistidos e sete dos quais hospitalizados, devido a traumatismos cranianos, alguns com fraturas e outros com irritações associadas ao gás pimenta utilizado pela polícia.

Nas forças das ordens, registaram-se 33 feridos, “alguns dos quais com gravidade”, segundo o responsável adjunto da polícia, Stefan Ivanov.

Em conferência de imprensa, as autoridades búlgaras informaram que prosseguem buscas na tentativa de encontrar alguns dos adeptos envolvidos nos confrontos, embora a polícia tenha já detido 33 pessoas.

O jogo, considerado de alto risco, terminou empatado 2-2, permitindo à Hungria o apuramento para o Euro2024 de futebol, enquanto a Bulgária é quinta e última classificada do Grupo G, com três pontos, resultantes de três empates em sete jogos.

Mesmo com o jogo à porta fechada, foram inúmeros os adeptos búlgaros que se deslocaram até Sófia exigindo a demissão de Borislav Mihaylov, que se encontra à frente da Federação de futebol do país há 18 anos e que, como futebolista, teve uma passagem por Portugal, tendo sido guarda-redes do Belenenses entre 1989 e 1991.

“Assistimos a cenas de violência horríveis. A federação é a principal responsável de levar o futebol búlgaro ao declínio, sem qualquer perspetiva de futuro”, comentou hoje o primeiro-ministro búlgaro, Nikolay Denkov.

O chefe do governo também demitiu o ministro-adjunto do interior, Stoyan Temelakiev, face às falhas na organização de segurança e exigiu esclarecimentos em relação às acusações de violência por parte das autoridades.