A seleção portuguesa de futebol de sub-21 é uma das fortes candidatas à conquista do Europeu de 2015, na República Checa, depois de uma fase de qualificação em que venceu todos os jogos realizados.
Oito vitórias em oito jogos disputados na fase de qualificação, um recorde, com 22 golos marcados e seis sofridos, a que se juntam mais dois triunfos (2-0 e 5-4) no ‘play-off’, frente à ‘poderosa’ bicampeã Holanda, são os números da equipa lusa.
À partida, os objetivos portugueses estão centrados na qualificação para os Jogos Olímpicos Rio2016. O técnico Rui Jorge tem essa meta claramente definida e, mesmo com uma qualificação irrepreensível, não considera que isso dê, à partida, qualquer vantagem a Portugal.
Para chegar ao Brasil, a equipa portuguesa poderá fazê-lo de duas formas. A primeira, a ‘ideal’, seria acabar nos dois primeiros lugares do Grupo 2, no qual está inserido com Itália, Inglaterra e Suécia e assim garantir as meias-finais.
Caso falhe esse objetivo a equipa lusa poderá ainda sonhar, tendo para isso que ficar em terceiro no grupo e esperar que a Inglaterra seja uma das semifinalistas. Aí, e porque a Inglaterra não disputa os Jogos Olímpicos, a ‘vaga inglesa’ será ocupada pelo vencedor do jogo entre os terceiros classificados, ainda que já eliminados do torneio.
Ainda assim, a tarefa portuguesa não se adivinha fácil. A pentacampeã Itália (equipa com mais títulos do escalão) é uma adversária ‘historicamente’ difícil para Portugal, tendo eliminado a equipa portuguesa em três ocasiões, uma delas na final de 1994.
Antes, a equipa lusa estreia-se na competição frente à bicampeã Inglaterra, que também terminou a fase de qualificação imbatível, tendo, na terceira jornada, o adversário teoricamente mais acessível, a Suécia, ainda que a equipa nórdica tenha sido responsável pela eliminação da França, umas das ‘crónicas’ candidatas ao título.
Relativamente ao Grupo 1, é formado pela equipa da casa, a República Checa, que procurará repetir o título conseguido em 2002, embora tenha que bater-se com Dinamarca, Sérvia e Alemanha.
Tal como Portugal e Inglaterra, Dinamarca e Alemanha não sofreram qualquer derrota na fase de qualificação, sendo que a equipa nórdica junta a essa façanha o facto de ter o melhor ataque do apuramento, conseguindo uma impressionante marca de 3,7 golos por jogo durante os 10 que disputou.
Quanto à Sérvia, é a autora da maior surpresa do campeonato, sendo a responsável pela não presença da Espanha na defesa do título que conquistou nas duas últimas edições da prova.
A equipa dos Balcãs chegou ao ‘play-off’ depois de assegurar o segundo posto do Grupo 9 (ganho pela Itália), tendo aí causado a surpresa ao eliminar ‘la roja’, sendo certo que o objetivo passará por continuar a ‘surpreender’ rumo às meias-finais e a uma qualificação olímpica.
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