Os futebolistas Tomás Esteves, Bernardo Folha e Pedro Santos voltaram a ser chamados à seleção portuguesa de sub-21, ao invés de Tiago Santos, Dário Essugo e Hugo Félix, numa lista anunciada hoje pelo selecionador Rui Jorge.

Em conferência de imprensa de anúncio dos 23 jogadores convocados para o embate com a Grécia, da quinta jornada do Grupo G da fase de qualificação para o Campeonato da Europa de 2025, Rui Jorge justificou as suas escolhas para o estágio.

“Os três que saíram estiveram muito bem em termos de estágio e fizeram o que nós pretendíamos, mas vão entrar outros jogadores que estiveram lesionados e tinham já feito parte deste grupo. Também eles são jogadores de qualidade. São opções difíceis de tomar, mas que temos de tomá-las”, explicou o selecionador português dos sub-21.

A jovem equipa das ‘quinas’ soma quatro triunfos em quatro partidas já realizadas na qualificação para a fase final do Europeu, com 16 golos marcados e apenas um tento sofrido, mas Rui Jorge alertou para o facto de não querer facilitismos no apuramento.

“Acho que é um bocadinho desvalorizada a fase de apuramento. Quanto mais fácil a tornamos, mais desvalorizada é. No entanto, não é fácil ter uma ficha limpa numa fase de apuramento, independentemente de não ter o nível da fase final. Outras seleções tropeçam muitas vezes e é isso que não queremos que aconteça. Somos a equipa mais cotada em termos de ranking, mas há que trabalhar muito nas qualificações para nos mantermos assim. Seja contra que adversário for, é nunca descurar a qualidade, forma de jogar e vontade de vencer. Isso não permite facilitar”, realçou o técnico, de 50 anos.

Rui Jorge, no cargo desde 2011, procura assegurar a quinta presença em fases finais de Campeonatos da Europa de sub-21, nas quais alcançou por duas vezes a final, em 2015 (perdida nas grandes penalidades frente à Suécia) e 2021 (derrotados pela Alemanha).

“São muito poucas as pessoas que se podem orgulhar de tocar no troféu. Já estivemos próximos, mas sabemos o trabalho que isso dá. É difícil passar estas fases da maneira que, muitas vezes, temos passado, e é muito mais difícil ainda chegar ao jogo decisivo. Podemos ter essa possibilidade novamente, mas há uma montanha muito grande para subir e ainda nem a meio vamos”, ressalvou o ex-defesa esquerdo e internacional luso.

Ao contrário dos habituais dois jogos, a seleção de sub-21 apenas terá um duelo para preparar neste estágio, na visita à congénere helénica, com Rui Jorge a explicar não ter sentido necessidade de agendar um jogo particular antes da partida oficial.

“Atendendo à importância do jogo, não vimos a necessidade de colocar um jogo antes do jogo da Grécia. Prefiro ter tempo de treino com os meus jogadores em vez de os sujeitar ao desgaste de um jogo que não sentimos necessidade de ter”, disse o técnico.

A seleção de sub-21 concentra-se a partir de segunda-feira em Lagos, no Algarve, com vista ao embate diante da Grécia, que se realiza em 20 de novembro, às 16:00 locais (14:00 locais), no Estádio Theodoros Kolokotronis, em Tripoli, da quinta jornada do Grupo G.

Portugal é líder isolado do agrupamento, com 12 pontos em 12 possíveis, seguido de Croácia (três jogos) e Ilhas Faroé, com sete. A Grécia é quarta classificada, com cinco, enquanto Andorra, em seis partidas, e Bielorrússia, em sete jogos, somam apenas três.