Depois do grande susto do último sábado, o mundo do futebol começa a questionar-se: Poderá Chistian Eriksen voltar a pisar os relvados e a mostrar a sua qualidade em campo?
As dúvidas permanecem por enquanto, mas há quem anteveja que o dinamarquês tenha de pendurar as chuteiras depois do desfalecimento no Dinamarca-Finlândia.
Em declarações ao jornal espanhol 'AS?, o Dr. Sanjay Sharma, cardiologista que trabalhou com Eriksen no Tottenham, começou por frisar a felicidade do mundo pelo jogador estar vivo, abordando qual será pensamento da equipa médica que está a tratar o dinamarquês.
"Acho que o principal objetivo dos médicos neste momento, certamente na Dinamarca, é perceber o que aconteceu, ver se há algo que possa ser corrigido. Agora, se puder ser corrigido, o próximo pensamento é: corrigimos o que aconteceu, mas há a possibilidade deste risco que ele correu, que o que o causou, continue?", começou por dizer.
Sharma considera que é provável que Eriksen esteja a ser aconselhado a não competir, para evitar que o susto de sábado se volte a repetir.
"É provável que a equipa médica esteja a aconselha-lo a não competir. No fim de contas, o objetivo da medicina é preservar a vida. Preservar a vida e a qualidade de vida. Se vimos que algo como isto aconteceu durante um exercício vigoroso, em futebol de alto nível, não vamos querer que volte a acontecer", afirmou.
O cardiologista, responsável pela bateria de testes anual ao jogador no Tottenham entre 2013 e 2020, realça, contudo, que Eriksen não tem de se afastar do futebol, apenas mudar o seu papel no mesmo.
"Isto não quer dizer que a sua carreira no futebol esteja acabada, poder ser treinador, embaixador, comentador, estar muito envolvido na seleção dinamarquesa, há muito que ele ainda pode fazer. Mas muitos países têm leis muito estritas para assegurar que algo deste género não volta a acontecer", notou.
O médico considera mesmo que é improvável que Christian Eriksen volte a jogar pelo Inter de Milão.
"Provavelmente está a começar a perceber o que aconteceu. Penso que provavelmente ainda não terá pensado no que vai fazer mais para a frente. Em alguns países, a legislação é muito rígida e sem dúvida que onde ele joga agora, no Inter de Milão, será muito difícil continuar depois do que aconteceu", concluiu.
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