Começa a ser uma tradição no futebol europeu. De cada vez que o futebol em Itália é abalado por um escândalo e a desconfiança se abate sobre a 'Squadra Azzurra', os jogadores italianos dão uma resposta inequívoca do seu valor e acabam por triunfar.

Foi assim em 1982, no célebre Mundial de Espanha. O caso de apostas 'Tottonero' chegou a implicar Paolo Rossi, mas viria a ser este avançado a grande figura do torneio, ao ajudar com os seus golos a Itália a recuperar o título de campeã do Mundo. Uma conquista que já lhe fugia desde o longínquo ano de 1938.

O 'tetra' da 'bella Itália' chegou no ano 2006, novamente na ressaca de um escândalo que ficou para a história como o 'Calciocaos'. Fraudes, corrupção de arbitragem, resultados combinados... de tudo se falou na véspera do Mundial e com isso a Juventus chegou a cair para a Série B, entre outros castigos a diversos clubes. 

O desfecho não podia ter sido melhor. A Itália renasceu das cinzas na prova disputada na Alemanha e chegou ao quarto título mundial, ao bater a França de Zinedine Zidane na final.

Por fim, 2012. O Europeu que hoje termina na Ucrânia coloca a Itália contra o campeão da Europa e do Mundo, a Espanha. A seleção orientada por Cesare Prandelli vive agora dias de sonho, longe do pesadelo que rodeou o início do estágio para a competição.

Mais uma vez, uma rede de apostas em Itália ensombrou o nome de alguns jogadores e o defesa Domenico Criscito, um dos indiscutíveis da Squadra Azzurra, teve mesmo de abandonar a equipa e ficar de fora do Europeu. As suspeitas ameaçavam estender-se a vários internacionais, mas Prandelli conseguiu afastar o escândalo da seleção.

Agora, só 90 minutos separam a Itália de uma nova consagração internacional. E não será um escândalo se voltar a conseguir surpreender o futebol mundial.