A França vai mobilizar mais de 60.000 polícias na segurança do Europeu de futebol e “fazer todo o possível para evitar ataques terroristas", disse hoje o ministro gaulês do Interior.
As afirmações de Bernard Cazeneuve surgem poucos dias depois de se terem verificado incidentes na final da Taça de França, disputada no Stade de France, que será palco dos encontros de abertura e da final do Euro2016.
Em declarações ao jornal L’Equipe, Bernard Cazeneuve afirmou que a final, que opôs o Paris Saint-Germain ao Marselha, “não serviu de teste para o Euro”.
Apesar de admitir diferenças de organização entre a final da Taça e os jogos do Euro, o ministro considerou que o que aconteceu na final de sábado “deve ser tido em conta”.
“O nosso objetivo é que o Euro seja uma grande festa”, disse Cazeneuve, admitindo que “0% de precaução significa 100% de risco, mas 100% de risco não significa 0% de precaução”.
No sábado, durante a final, que o Paris Saint-Germain venceu por 3-2, foram arremessados vários objetos e engenhos pirotécnicos para o relvado.
Na segunda-feira, o chefe da polícia de Seine Saint-Denis admitiu falhas de segurança na final da Taça de França de futebol e prometeu reavaliar métodos para o Euro, entre 10 de junho e 10 de julho.
Em novembro, as imediações do Stade de France, onde decorria um jogo entre as seleções da França e da Alemanha, foram um dos palcos dos atentados suicidas levados a cabo em Paris e entretanto reivindicados pelo grupo radical sunita Estado Islâmico.
O ministro Bernard Cazeneuve afirmou que as ‘fan zone’ “serão espaços seguros”, acrescentando: “tomei a decisão de impor controlos de segurança nas entradas e utilizar detetores de metais.”
Cazeneuve assegurou que não existe qualquer ameaça concreta em relação ao torneio, que contará com a presença de 24 seleções, entre as quais a portuguesa.
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