O infortúnio da seleção portuguesa de futebol, agudizado pelo golo solitário da Bélgica (0-1), em encontro dos oitavos do Euro2020, em Sevilha, Espanha, preenchem as manchetes da imprensa nacional e estrangeira.
“Portugal acordou tarde e chora o adeus ao Euro2020”, lê-se na página de abertura do sítio de A Bola, destacando a celebração de Thorgan Hazard, aos 42 minutos, num pontapé decisivo para selar o triunfo dos ‘diabos vermelhos’, líderes do ‘ranking’ da FIFA.
Igual momento fotográfico elegeu O Jogo para lembrar que a formação das ‘quinas’ “vê fugir o sonho de revalidar o título”, cinco anos depois do inédito título conquistado em França, enquanto Record sublinha que a seleção “bem tentou e rematou, mas acabou derrotada nos 'oitavos'”, retratando no ‘capitão’ Cristiano Ronaldo o rosto da desilusão.
Se o Maisfutebol admite que Portugal “pressionou na segunda parte em vão”, o jornal Público considera que “o diabo vestiu de vermelho e esteve num detalhe”, do mesmo modo com que o centenário Diário de Notícias sugere que “um Hazard nunca vem só”.
Já o Observador conclui que 2016 “ainda é ato isolado”, ultrapassada uma “noite em que a sorte não esteve do lado dos audazes”, ao passo que o Expresso lamenta que Portugal tenha ficado “aquém da sorte que tem” à imagem do Mundial2018 e pede “que se pegue nesta triste canção e se faça melhor”, sugerindo “bastante potencial para fazer melhor”.
Na Bélgica, o portal HLN exulta que os pupilos do espanhol Roberto Martínez tenham mandado Cristiano Ronaldo e Portugal para casa “depois de uma batalha física emocionante”, numa visão partilhada pelo NBVL, com um sintomático “Exit Ronaldo”.
O desempenho do avançado da Juventus não passou despercebido à imprensa italiana, particularmente atenta ao próximo adversário da ‘squadra azzurra’, com a Gazzetta dello Sport a defender que o ‘craque’ luso “fecha da pior maneira uma época para esquecer”.
“Itália, nos quartos de final está a Bélgica. Portugal de Ronaldo está fora”, resume o Tuttosport, enquanto o Corriere dello Sport já vai duvidando da disponibilidade física de Kevin De Bruyne e Eden Hazard para o embate com a Itália, na sexta-feira, em Munique.
O extremo do Real Madrid “voltou a brilhar” para o diário espanhol Marca, consciente do “medo de perder” numa “final antecipada” entre Portugal e Bélgica, com “três defesas providenciais” de Thibaut Courtois e um golo em que Rui Patrício “podia fazer mais”.
Para o diário As, “a noite foi do ‘outro’ Hazard”, em alusão a Thorgan, irmão de Eden, autor de “um dos melhores golos da competição” na visão do jornal francês L’Équipe, ao ponto de destoar numa exibição dos ‘diabos vermelhos’ “pouco inspirada, mas realista”.
“Um impressionante golo”, caracteriza a estação televisiva inglesa Sky Sports, sendo que o Guardian corporiza nas reações de Kevin De Bruyne posteriores à sua saída por lesão a “maneira como todos se sentiam”, com “os nervos em frangalhos e tensão a aumentar”.
“Cristiano Ronaldo vai ter de esperar pelo recorde de Ali Daei e Portugal não manterá o título europeu. A Bélgica acabou com esses sonhos e ambições com a vitória mais corajosa. Nem sempre foi bonita, mas os torneios não o são”, sintetiza o Daily Mail.
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