Cristiano Ronaldo (+)
Critiquem-no, falem da sua seca de golos, da sua pouca preponderância na seleção nacional em comparação com o Real Madrid, do seu feitio fora de campo. É disso que Cristiano Ronaldo gosta, destes jogos de palavras para que depois possa dentro de campo dar a resposta como melhor sabe: com futebol deste e outro planeta.
O extremo foi o jogador em maior destaque na vitória frente à Holanda. Dez remates no total, cinco à baliza com dois a serem travados pelos postes, e dois golos. Junte-se a velocidade de execução, os dribles imprevisíveis, os passes com a geometria dos grandes matemáticos e aí temos Cristiano Ronaldo a deixar a sua marca neste Europeu de futebol, e a justificar o estatuto de estrela maior desta competição.
Como qualquer jogador não deve nem pode escapar às críticas quando o seu rendimento não é o esperado, mas também são justos os elogios quando mostra o futebol de que pode e é capaz. Agora que voltou a encantar a Europa espera-se mais dele já nos quartos-de-final diante da República Checa. Portugal não é “ronaldodependente”, como ficou provado frente à Dinamarca, mas a verdade é que quando ele está bem, a equipa e os portugueses agradecem.
Holanda (-)
A laranja mecânica, que entrou neste Europeu 2012 como uma das candidatas à vitória final, sai sem qualquer ponto somado neste Grupo B. Pouco, muito pouco para quem tem jogadores com o potencial que esta Holanda apresenta. Talvez essa seja a principal razão para o que acabou por acontecer. Quando os egos são grandes e todos têm algo a dizer fora de campo, quem perde é o coletivo ou a ausência deste.
Foi notória a diferença gritante existente entre o ataque e a defesa. Equilíbrio foi coisa que nunca se viu nesta equipa. Dificuldade na primeira zona de construção de jogo, entre a defesa e o meio-campo e erros gritantes de posicionamento na hora de suster os ímpetos atacantes dos adversários.
Nota ainda para o facto de esta ter sido, até então, a seleção com mais remates neste Euro 2012 (54) e ter apenas marcado dois golos. É preciso arranjar culpados para uma prestação tão desastrosa e algumas cabeças irão certamente rolar no pós Euro 2012.
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