O escudo utilizado na camisola da seleção espanhola de futebol, campeã mundial e europeia, está a causar alguma polémica, com peritos em heráldica a defenderem que representa a Casa Real Francesa e não a de Espanha.

A polémica surgiu em 2010, ano em que a “Roja” se sagrou campeã mundial na África do Sul, e levou um historiador a expor o assunto por escrito ao presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF).

Angel Vilar nunca comentou a questão, tendo mais tarde uma fonte da RFEF explicado que é a marca responsável pelo fabrico dos equipamentos que trata de todos os assuntos relacionados com as camisolas.

No centro da polémica, que o jornal AS voltou a trazer à ribalta, está o “coração” do emblema – alterado nas camisolas por ocasião do centenário da RFEF – onde o escudo central representa a Casa de Bourbon francesa e não a espanhola.

Segundo os especialistas, o pequeno escudo central, composto por um fundo azul com três flores de lis amarelas, exibido na camisola da seleção não é delimitado por uma circunferência vermelha, ao contrário do que se encontra na bandeira do país.

A bordadura vermelha parece fazer toda a diferença, com os peritos em heráldica a defenderem que esta distingue os Bourbon espanhóis dos seus parentes franceses.

Ao contrário da maioria dos outras congéneres mundiais, que exibem nas camisolas das seleções de futebol o símbolo federativo e não nacional, a RFEF optou por usar o escudo da bandeira.

A polémica já com dois anos promete continuar, pelo menos durante o Euro2012, competição na Espanha e Portugal podem protagonizar uma meia-final, caso as duas equipas ultrapassem os “quartos”.