A exigência à volta da seleção de Inglaterra é sempre enorme e nem sempre prima pelo bom senso. Ainda assim para o selecionador, Gareth Southgate, é algo normal que tem de ser relativizado.
Os antigos internacionais ingleses e atuais comentadores Gary Lineker e Alan Shearer foram as principais vozes de desagradado com a exibição da equipa no empate com a Dinamarca (1-1), na segunda jornada do Grupo C do Euro 2024 e Southgate reagiu aos comentários com pragmatismo.
“Este é o mundo em que estamos. Sou alheio a isto, não quero saber. O que me importa é guiar este grupo de jogadores ao longo do torneio. Somos uma equipa de alto nível e sinto-me muito cómodo nesta vida. Não preciso de ouvir quem está de fora, porque eu sou o meu maior crítico e creio que a maioria dos jogadores também o são. É assim que se treina uma equipa e se melhora o seu rendimento”, afirmou, em antevisão ao jogo com a Eslovénia (terça-feira, às 20 horas).
O treinador inglês saiu em defesa do seu grupo de trabalho e acredita que a união estará presente como sempre esteve nos últimos tempos.
“O ambiente é muito bom. Conhecemos o mundo em que vivemos, haverá sempre um ruído externo, mas não deve afetar-nos. O importante é o interno e nos centramo-nos no rendimento. Os resultados já nos colocaram praticamente na próxima fase e agora queremos ser os primeiros do grupo. Não nos escondemos de nada nem arranjamos desculpas. Taticamente, amanhã será um jogo diferente, com alguns aspetos fundamentais a que teremos de regressar”, assumiu.
Ainda assim, Southgate admitiu que a equipa não tem estado no seu melhor e acredita que aidna há muito espaço para evoluir. “Tivemos algum tempo no campo de treinos e várias conversas com os jogadores. O que eu disser é irrelevante, temos de fazê-lo no relvado, nisso estamos todos de acordo. O caminho que se segue é bastante simples de definir e temos de o executar. Espero que o consigamos amanhã. Penso que tivemos ciclos diferentes com esta equipa e não acho que as últimas duas exibições tenham refletido como temos jogado nos últimos dois anos. Tem sido um desafio brilhante desvendar isto tudo e encontrar o melhor caminho a seguir, sendo honestos sobre onde estávamos há três ou quatro dias”, concluiu.
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