Ana Borges, uma das capitãs da seleção portuguesa de futebol, assinalou hoje a ausência do selecionador nacional, Francisco Neto, na preparação para o Europeu feminino, mas garantiu que tal "não vai ser um entrave".

Portugal realizou hoje novo treino na Cidade do Futebol, ainda sem Francisco Neto, que continua em isolamento na Casa do Atleta, na Cidade do Futebol, após ter testado positivo para covid-19, cabendo a liderança dos treinos aos adjuntos Luís Marques e Rita Gonçalves. Um contratempo que não preocupa Ana Borges.

“Claro que quando está o treinador mais próximo, ele vai puxar mais, vamos ouvi-lo mais, mas não vai ser por aí”, considerou a internacional lusa, em declarações no relvado da Cidade do Futebol após a realização do treino matinal da seleção feminina.

A experiente atleta do Sporting salientou a utilidade do trabalho realizado nos últimos dias, que tem proporcionado a participação de jovens atletas masculinos em jogos-treino realizados em várias das sessões.

"Sabemos, à priori, que os rapazes têm mais força, são mais rápidos e é isso mesmo que vamos encontrar na fase final, e é por isso que lá estão as melhores da Europa. Vai dar-nos uma melhor preparação para quando estivermos nos jogos também nos sentirmos mais preparadas para isso" explicou, no decorrer do terceiro dia de estágio que se realiza na Cidade do Futebol, em Oeiras.

Portugal realiza três jogos de preparação: um duplo confronto com a Grécia, em 22 e 25 de junho, e com a Austrália, no dia 28, antes de viajar para Inglaterra, no dia 03 de julho, para disputar o Europeu, no qual vai defrontar Suécia, Países Baixos e Suíça na fase de grupos. Durante a prova, Ana Borges irá aproximar-se das 150 internacionalizações ‘AA’ por Portugal.

"É sempre especial, uma mais-valia e uma honra," resumiu a veloz atleta, de 33 anos, que salienta a elevada competitividade que Portugal irá encontrar na fase final do Europeu.

Ana Borges caracterizou cada um adversário que Portugal irá defrontar na competição, entre eles dois dos favoritos à conquista do título europeu.

"É uma fase final em que estarão as melhores equipas da Europa. Sabemos que os Países Baixos foram campeões da Europa no último Europeu, a Suécia é a campeã olímpica e que, à priori, a Suíça é mais igualada com Portugal," explicou.

Desta forma, “nenhuma equipa será fácil”, mas Portugal também tem o seu valor: “Não vamos tornar as coisas fáceis para as nossas adversárias", finalizou Ana Borges.

O Europeu feminino de 2022 realiza-se de 06 a 31 de julho, em Inglaterra, onde Portugal, chamado a substituir a excluída Rússia, integra o Grupo C, juntamente com Suíça (que defronta em 09 de julho), Países Baixos (13) e Suécia (17).