A Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol (FIFPro) reclama um “tratamento justo, coerente e de longo alcance” para o setor feminino, num relatório hoje publicado.
O organismo, representativo dos futebolistas, alertou para a atenção que é devida ao futebol feminino, mas considerou que o mesmo deverá traçar um caminho diferente do masculino, em especial na formação.
“Os regulamentos do mercado masculino não devem aplicar-se de forma cega ao futebol feminino”, defende a FIFPro, sustentando que as regras de indemnização na formação podem obstaculizar a evolução no setor feminino, no seu fluxo de talentos jovens.
No entanto, no mesmo relatório, a FIFPro pede a aplicação no futebol feminino do estatuto de transferências de jogadores da FIFA, sublinhando que o crescimento económico deve assentar em padrões laborais cuja implementação e cumprimento seja da responsabilidade de federações, ligas e clubes.
“Necessitamos que todas as partes se unifiquem e atuem em uníssono”, acrescentou o organismo representativo dos jogadores.
A FIFPro explica que a “comunidade futebolística internacional não pode esperar que o futebol feminino profissional alcance a excelência quando os seus ativos mais valiosos, as jogadoras, são menosprezados”.
“Condições laborais justas e adequadas firmarão o terreno para um processo sólido e estável de profissionalização, numa indústria florescente”, refere a FIFPro, alertando que é preciso “ação de governança”.
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