A treinadora do Benfica, Filipa Patão, destacou hoje as “grandes valências” das suas jogadoras como argumento para desafiar o Barcelona, adversário que as 'águias' irão receber, na quinta-feira, para a Liga dos Campeões feminina de futebol.
“Em termos estratégicos, sabemos que o Barcelona tem o poderio, a capacidade e as individualidades, mas nós também temos jogadoras com grandes valências e um coletivo que este ano tem demonstrado que tem evoluído e melhorado de jogo para jogo na Liga dos Campeões”, assinalou a técnica, na conferência de imprensa de antevisão ao encontro, realizada no auditório do Benfica Futebol Campus.
Filipa Patão mostrou total respeito pelo poderio do adversário, mas pretende continuar a surpreender o panorama europeu feminino, num Grupo D no qual o Benfica partiu como a equipa de coeficiente mais baixo. As 'águias' ocupam o 23.º lugar no ranking de clubes da UEFA, atrás dos restantes adversários – Barcelona (segundo classificado), Bayern de Munique (quinto) e Rosengard (13.º), mas esse menor favoritismo tem sido combatido em campo.
O Benfica encontra-se envolvido na luta pelo apuramento, com seis pontos em quatro jornadas realizadas, a três de Barcelona e Bayern, que dividem a liderança do grupo, com nove pontos somados.
Com estas contas bem presentes, a treinadora benfiquista apresentou a candidatura da sua equipa a um dos lugares de apuramento para a próxima fase (os quartos de final da competição) e discutir o resultado com o Barcelona no jogo de quinta-feira, que se realizará no Seixal, pelas 20:00.
“Vamos lutar até ao final, sabemos que, do outro lado, vai estar o Bayern a jogar com o Rosengard [defrontam-se pouco antes, pelas 17:45 horas] e tudo poderá acontecer naquele lado, só temos de centrar-nos no que podemos controlar e o que podemos controlar é o nosso jogo, tentarmos fazer aqui pontos e deixar tudo em aberto para a última jornada com o Bayern”, perspetivou Filipa Patão, ambiciosa perante um desafio de elevado grau de dificuldade.
Filipa Patão procura insistir num Benfica ‘europeu’, capaz de fazer face a obstáculos de maior poderio comparativamente com o nível do campeonato nacional: “Estamos a ver um Benfica pressionante, que quer ter bola e chegar mais à frente, que quer mandar no jogo e isso acaba por ser a nossa identidade, que queremos passar da nossa Liga para a Liga dos Campeões e percebermos que é para aqui que o Benfica quer caminhar”, definiu.
Ao lado da sua treinadora, Rute Costa mostrou vontade de melhorar a imagem deixada na primeira volta, no qual as 'águias' não evitaram uma derrota pesada perante este mesmo Barcelona (9-0 na Catalunha).
Agora, no Seixal, a equipa 'encarnada' pretende realizar uma exibição mais condizente com o seu valor e ambições e a guarda-redes está convicta de que a equipa aprendeu com esse dissabor.
“Esta postura e caráter que apresentámos são sinal do crescimento e maturidade da nossa equipa, apesar do resultado. Acho que esse jogo foi atípico, tem de ser deixado no passado e retirarmos os pontos fundamentais para aprendizagem”, declarou, apostada em conseguir desta feita um resultado mais positivo.
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