O Campeonato da Europa de futebol feminino arrancou esta quarta-feira. com a vitória de Inglaterra por 1-0 diante da Áustria. Até dia 31 de Julho, data da final no Estádio de Wembley, as principais figuras da modalidade estarão certamente em destaque.
Eis os principais nomes a ter em conta
Ada Hegerberg (Noruega)
É uma das principais figuras da competição. A goleadora norueguesa foi a primeira vencedora da Bola de Ouro no futebol feminino, em 2018, tendo ainda conquistado seis Ligas dos Campeões, sete Ligas francesas, cinco Taças de França e uma Taça da Noruega.
“A Ada tem uma mentalidade vencedora, foca-se muito nesse aspeto. Lembro-me de jogos em que ela me dizia ‘Mete a bola na área que eu marco’”, disse Lucy Bronze, ex-colega de Hegerberg no Lyon.
“Ela é obcecada em marcar golos. O que a distingue é a sua mentalidade; é impossível afetá-la”, acrescentou Bronze.
Para além de ser uma das jogadoras mais galardoadas do futebol europeu, a norueguesa também ficou conhecida pela sua luta fora dos relvados na defesa da modalidade.
Hegerberg chegou a renunciar à seleção nacional da Noruega em protesto contra aquilo que considerava como falta de respeito para com as jogadoras daquele país.
Lena Oberdorf (Alemanha)
Com apenas 20 anos, Lena Oberdorf, conta já com 25 internacionalizações pela Alemanha. A centrocampista do Wolfsburg foi chamada à ‘Mannschaft’ para o Campeonato do Mundo de 2019 com apenas 17 anos, onde as germânicas chegaram até aos quartos de final.
“Ela já é praticamente uma centrocampista completa. Ocupa muito bem os espaços, é uma jogadora muito física mas boa com bola. Ela joga naquela ténue linha entre o que é falta e o que não é.”, afirmou Jonas Eidevall, treinador do Arsenal aquando da eliminação diante do Wolfsburg nos quartos de final da Liga dos Campeões na época 2021/22.
“Para mim ela é a jogadora que pode transformar a Alemanha numa candidata à vitória devido à sua mentalidade ganhadora.”, completou Eidevall.
A alemã conta com duas ligas alemãs e duas taças da Alemanha; para além disso, Oberdorf conquistou o Europeu de sub-17 em 2017, tendo sido considerada a melhor jogadora do torneio.
Vivianne Miedema (Países Baixos)
A ponta-de-lança neerlandesa é vista como absolutamente letal quando é hora de finalizar. Vivianne Miedema é, aos 25 anos, não só a melhor marcadora da história do futebol dos Países Baixos (94 golos em 111 jogos), como também a recordista de golos na Liga Inglesa (100 golos em 116 jogos), todos com a camisola do Arsenal.
“Ela é muito inteligente e tem grande capacidade técnica. Para além disso tem um poderio físico de classe mundial, e isso é às vezes passa despercebido.”, referiu Jonas Eidevall, treinador da jogadora no Arsenal.
“É muito forte e explosiva. Esta combinação dificulta em muito a tarefa das adversárias”, sublinhou o técnico sueco
A neerlandesa ajudou a sua seleção a conquistar o Europeu de 2017, assim como a chegar à final do último Mundial de 2019. Em termos de clubes, Miedema conta com duas ligas alemãs e uma inglesa, pelo Bayern de Munique e Arsenal, respetivamente. A ponta-de-lança foi ainda a mais jovem jogadora a estrear-se na liga holandesa com apenas 15 anos.
Lauren Hemp (Inglaterra)
A extremo do Manchester City, com apenas 21 anos, conquistou no final da temporada passada o quarto prémio consecutivo de melhor jogadora jovem da liga inglesa.
“Adoro treinar e jogar com ela. Nesta altura não ninguém em melhor forma. Espero que ela brilhe neste Europeu”, declarou Steph Houghton, capitã de equipa do Manchester City.
“Com a velocidade que ela tem, nenhuma defesa vai querer enfrentá-la no um-para-um. Tentamos passar-lhe a bola sempre que podemos.”, disse Millie Bright, colega de equipa na seleção inglesa.
Lauren Hemp conquistou esta temporada a Taça da Liga Inglesa com as ‘citizens’, isto depois de já ter conquistado a Taça de Inglaterra em 2019/2020 pela formação de Manchester.
Wendie Renard (França)
A defesa francesa é outro dos grandes nomes presentes neste Campeonato da Europa. Com 31 anos, Wendie Renard é capitã, quer do seu clube (Lyon), quer da seleção francesa.
Adicionalmente, Renard conquistou um total de catorze ligas francesas e ainda oito Ligas dos Campeões, sempre ao serviço do Lyon, tendo sido a primeira jogadora a alcançar, no passado mês de Maio, os 100 jogos na ‘Champions’ feminina.
“Ela é uma líder dentro e fora de campo, sempre pronta para partilhar a sua experiência com outras jogadoras. Ela detesta perder e tem vindo a perder demasiadas vezes ao serviço da França. Ela tem noção da sua responsabilidade e ela quer vencer o Europeu; já perdeu demasiadas oportunidades.”, atirou Laura Georges, antiga colega no Lyon e na seleção gaulesa.
“Ela é uma inspiração. É a primeira a chegar e a última a sair do treino, trabalha muito. É uma verdadeira líder e capitã.”, disse Kenza Dali, internacional francesa
Wendie Renard foi também selecionada para a Equipa da Década, fazendo parte do onze do ano da FIFA por seis ocasiões.
Fridolina Rolfo (Suécia)
A avançada sueca, actualmente no Barcelona, já venceu o campeonato nacional em três países diferentes (Linkoping FC na Suécia, Bayern de Munique na Alemanha e FC Barcelona em Espanha). No que à seleção diz respeito, Rolfo conquistou duas medalhas de prata Olímpicas e uma medalha de bronze no Mundial de 2019.
“É uma jogadora poderosa. Tem uma excelente meia distância e, quando embala com a bola, é muito difícil de parar.”, sublinhou o treinador sueco Jonas Eideval
Fridolina Rolfo foi também nomeada como jogadora do ano na Suécia em 2021.
Rachel Furness (Irlanda do Norte)
A centrocampista do Liverpool, de 34 anos, é a melhor marcadora da história do futebol feminino norte-irlandês (14 golos em 28 jogos), tendo sido considerada a Personalidade do Ano pela ‘NI BBC Sports’ em 2021 depois do seu papel decisivo no apuramento da Irlanda do Norte para o seu primeiro Campeonato da Europa.
“ A sua paixão é contagiante e ela dá o seu máximo cada vez que veste a camisola da Irlanda do Norte. É uma verdadeira líder dentro e fora de campo.”, referiu Caragh Hamilton, colega na selecção norte-irlandesa.
Rachel Furness conta com uma liga inglesa em 2014/2015 ao serviço do Sunderland.
Pernille Harder (Dinamarca)
A avançada dinamarquesa tornou-se a transferência mais cara do futebol feminino mundial em 2020 quando trocou o Wolfsburg pelo Chelsea. Harder foi nomeada Jogadora do Ano pela UEFA em duas ocasiões, tendo ainda conquistado seis ligas nacionais (4 alemãs e 2 inglesas) e chegado por duas vezes à final da Liga dos Campeões.
“A Pernille está sempre no sítio certo à hora certa, ela lê muito bem o jogo. É muito trabalhadora e uma das atacantes mais inteligentes que já vi.”, disse Ella Masar, antiga colega de equipa no Wolfsburg.
Pernille Harder ficou em segundo lugar na corrida à Bola de Ouro de 2018, atrás de Ada Hegerberg.
Caroline Graham Hansen (Noruega)
A norueguesa, na altura ainda adolescente, foi peça fundamental da sua seleção na caminhada rumo à final do Europeu de 2013, que viria a perder diante da Alemanha.
“A Caroline Graham Hansen tem sido uma referência para a seleção da Noruega. Lembro-me no Mundial ela fazer o jogo da sua vida antes de nos enfrentar. É muito difícil conseguir manter aquele nível.”, apontou Lucy Bronze, futura colega de equipa no Barcelona em 2022/23.
A centrocampista escandinava conta com uma Liga dos Campeões em 2020/21 pelo Barcelona, e ainda três ligas espanholas (FC Barcelona) e três ligas alemãs (Wolfsburg).
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