A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) vai adotar o novo protocolo de maternidade da FIFA, que se estende a treinadoras e mães não-gestantes, e introduz medidas inéditas de proteção do bem-estar de atletas durante o ciclo menstrual.

A informação foi hoje avançada pelo organismo federativo à Lusa, assinalando a adoção com “efeito imediato” das medidas aprovadas no último Conselho da FIFA, em final de maio, a constarem do Regulamento de Estatuto, Categoria, Inscrição e Transferência de Jogadores e a serem implementadas na nova temporada desportiva, em 2024/2025.

“A FPF terá sido uma das primeiras federações do mundo a adotar estas medidas que consideramos serem necessárias e muito positivas para o futebol feminino, e enquadram-se no compromisso firme que assumimos com os direitos das mulheres no futebol português, e a melhoria das suas condições de trabalho e de vida”, assinalou Fernando Gomes, presidente da FPF.

O dirigente acrescentou a importância de se “normalizar a vida de jogadoras, treinadoras e árbitras” e que este novo protocolo vai afetar positivamente as carreiras de muitas mulheres no futebol.

Três anos após aprovar a criação de um período mínimo de licença de maternidade de 14 semanas para jogadoras, remunerado, a FIFA estabeleceu o mesmo direito para treinadoras, bem como a possibilidade de ausência dos treinos e jogos por razões de saúde menstrual.

Uma ‘licença de adoção’ de oito semanas, no mínimo, deve ser acordada entre os clubes para crianças até dois anos, que será reduzida para quatro semanas para crianças até quatro anos e para duas semanas para crianças acima dessa idade.

“A FIFA está empenhada em adotar um quadro regulamentar dinâmico, sólido e adequado às crescentes necessidades das jogadoras e treinadoras”, observou Emilio García Silvero, diretor jurídico e de conformidade do organismo que tutela o futebol mundial, após o Conselho de 31 de maio.