O selecionador da equipa AA feminina de futebol de Portugal, Francisco Neto, disse que a vitória de hoje sobre a Roménia (5-1) pode beneficiar o seu conjunto no sorteio para o Europeu de 2021.

Apesar de já estar afastada do Mundial de 2019, em França, a goleada hoje imposta às romenas no último jogo da fase de qualificação para essa prova, em Felgueiras, pode ditar a subida da equipa portuguesa nos potes para o sorteio da fase de qualificação para o próximo europeu, cujo país anfitrião não foi ainda oficialmente escolhido.

"Isto interfere com o apuramento para o campeonato da Europa. Em princípio, passaremos do pote 4 para o pote 3. Nós éramos a equipa do pote 4, e a Roménia era a equipa do pote 3. Para nós, era importantíssimo [o triunfo]", realçou o selecionador, no rescaldo do duelo com as romenas.

Além da eventual influência no apuramento para o próximo Europeu, Francisco Neto sublinhou ainda que as suas jogadoras foram "competentes" nos últimos dois jogos da qualificação para o mundial, marcando 12 golos e sofrendo apenas um, depois de terem goleado a Moldávia, por 7-0, antes da receção à Roménia.

"Era um compromisso que as jogadoras tinham connosco. Queríamos finalizar o apuramento bem. Foi uma exibição bastante convincente", disse.

O técnico revelou ainda que o próximo ano vai ser de "crescimento" e de consolidação de novos processos", com 14 jogos internacionais agendados, entre os quais três encontros na China, no âmbito de um torneio.

O ano de 2019, revelou Francisco Neto, vai também servir para a "avaliação de novas jogadoras", mas sem colocar em causa a estrutura atual da seleção.

"A observação tem de ser sustentada por quem cá está. Se [as atuais jogadoras] continuarem no registo de competência do clube, iremos contar com elas. Não vamos promover a transformação geral da seleção. É preparar jogadoras para o que será o futuro", explicou.

Já Diana Silva, autora de dois golos no jogo de hoje e melhor marcadora de Portugal na fase de qualificação, com cinco, também realçou que a possível subida para um "pote mais elevado" no sorteio para a qualificação do europeu é "muito importante".

A futebolista do Sporting considerou ainda que as portuguesas, se quiserem participar no Europeu daqui a dois anos, precisam de ser "mais eficazes" e de se "entrosarem melhor enquanto equipa", em relação à qualificação para o mundial.

Já Cláudia Lima reconheceu que foi "especial" disputar o primeiro jogo oficial pela seleção lusa, depois de ter falhado o Europeu de 2017, na Holanda, por lesão.

A jogadora do Valadares realçou ainda que Portugal, para chegar ao Europeu, precisa de melhorar a forma como ataca e a "finalização" em relação à fase de qualificação recém-terminada.