O Petro de Luanda apresentou no passado dia 10 de julho uma reclamação à Federação Angolana de Futebol (FAF), em função da atuação do árbitro Paulo Talaya, no desafio diante do Sporting de Cabinda.

O Petro considera que o árbitro cometeu irregularidades durante a disputa, que terminou em empate a uma bola.

A informação foi prestada à imprensa, em Luanda, pelo presidente do clube petrolífero da capital, Tomás Faria, no final de um encontro com a direção da FAF.

De acordo com o dirigente, após analisado o lance polémico que deu o golo do empate (1-1) da formação leonina da província de Cabinda, a sua agremiação desportiva decidiu manifestar o seu descontentamento junto do órgão que rege a modalidade em Angola.

“Verificamos cuidadosamente a trajetória e pensamos que a bola embateu no poste e não ultrapassou a linha do golo. Vamos aguardar pelo desfecho do caso”, disse Tomás Faria que foi indicado porta-voz da reunião realizada na sede da FAF.

A reunião contou com a presença dos presidentes do 1.º de Agosto e do Interclube, respetivamente, Carlos Hendrick e Alves Simões, e abordou também questões relacionadas com a calendarização da segunda volta e do conselho de disciplina, devido às várias penalizações.

Estes assuntos serão analisados na próxima assembleia-geral da FAF, a decorrer no dia 25 deste mês de julho.

O presidente do Conselho Central de Árbitros de Futebol de Angola (CCAFA), Jorge Mário Fernandes, informou que este caso polémico, ocorrido na 22.ª jornada no estádio do Tafe, em Cabinda, entre o Sporting local e o Petro de Luanda, está a ser revisto.

"Nós recebemos as imagens da Televisão Pública de Angola (TPA) e da ZAP/TV e estamos a analisar, sem pressas, para não tomarmos uma decisão precipitada. Temos algumas dúvidas, mas vamos ter todo cuidado", disse.

O responsável da arbitragem do futebol angolano indicou que este assunto só poderá transitar para o Conselho de Disciplina caso haja provas de suborno, para as devidas punições.

Ao contrário disso, prosseguiu, se for apenas um erro normal, serão tomadas medidas internas do Conselho.

“Posso vos garantir que, de momento, o juiz Paulo Talaya está suspenso até se apurar os factos, se terá agido propositadamente ou despropositado. A bola não bateu no posto, tão pouco no travessão, mas sim na rede. A única duvida que pode consistir, é se a bola terá ultrapassada a linha do golo”, rematou.