O ex-presidente do Recreativo da Cáala, Horácio Mosquito, demitiu-se recentemente do cargo, após afirmar que há corrupção no futebol nacional e que já pagou árbitros para a sua então equipa não perder jogos.
Para além da polémica que está em caixa alta em Angola, que também envolve a Federação Angolana de Futebol (FAF), o antigo responsável da agremiação da província do Huambo, Mosquito, sublinhou da seguinte forma: “as pessoas passam, mas as instituições ficam”.
Com essas declarações, o dirigente desportivo tranquilizou de alguma forma os adeptos do Recreativo da Caála, equipa que continua a passar por dificuldades financeiras desde o início da época futebolística 2015.
Entretanto, nesse momento difícil da equipa, lutar para chegar aos dez primeiros lugares do campeonato nacional da primeira divisão, Girabola, passa pela ideia dos dirigentes e jogadores do clube.
Porém, ao que tudo indica, nos próximos dias poderá haver outros capítulos da nova novela do futebol angolano “Mosquito”, que continua a deixar “água na boca” aos espectadores, ouvintes e leitores.
Até ao momento, o antigo dirigente da Caála foi o único no país a revelar que já pagou árbitros, pois, com essa afirmação e com a realização da Conferência Nacional de Futebol a vista, a ter lugar no mês corrente, em Luanda, muita coisa poderá mudar nos campeonatos nacionais.
Com a pausa do Girabola de 45 dias, o único representante do Huambo na prova, Recreativo da Caála trabalha, mas dorme, sonha, acorda com pesadelos e vive com esperança pálida.
Os caálenses na segunda e última volta do Girabola receberão o vice-campeão nacional, Kabuscorp do Palanca, equipa com quem empatarem a duas bolas na primeira volta, no Estádio dos Coqueiros, em Luanda.
O técnico do Recreativo da Caála, Hélder Teixeira, respeita todos os adversários, mas espera que a sua formação não repita o resultado do jogo anterior, porque quer livrar-se dos empates, tal como aconteceu na maioria dos 15 desafios da peleja já realizados.
“Sabemos que todos os jogos são difíceis, porque os adversários estão a fazer um bom campeonato, mas continuamos a fazer o nosso trabalho com a missão de vencermos dentro e fora de casa”, sublinhou.
Pelo facto de os cofres do Recreativo da Caála estarem “rotos”, o conjunto não estagiou no Brasil, país em que estava agendado o estágio pré-competitivo. O clube continua com intermitência nas finanças, por isso, o plantel sofreu recentemente alguma redução nos salários, mas não parou de trabalhar.
A equipa do municipio da Caála, província do Huambo, nunca venceu nenhum título do Girabola, mas ostenta alguns troféus nacionais.
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