O Porcelana poderá condicionar a luta nos próximos dias, pese embora a Federação Angolana de Futebol (FAF), ainda não tenha recebido nenhum documento sobre a desistência da agremiação, segundo o porta voz, João Lussevikueno.

Sendo assim, todas as equipas que venceram e empataram com o suposto desistente, poderão perder pontos. Com isso, as que perderam jogos com o Porcelana serão beneficiadas.

Além da equipa do Kwanza Norte ter desistido pelo caminho, também tem muitas dividas por pagar, mas a presidente da mesa da Assembleia Geral do clube, Joana Lina, disse que a prioridade será o pagamento do salário dos jogadores e equipa técnica.

Já o técnico do 4 de Abril do Cuando Cubango, João Machado, lamentou o facto do Porcelana anunciar a desistência, mas reconheceu que as equipas gastam muito dinheiro para jogarem dentro e fora de casa.

“Para terem uma ideia. Por jogo, as equipas gastam 680 mil kwanzas para pagar aos árbitros. Além disso, gasta-se muito dinheiro no transporte, alojamento, alimentação e noutros serviços”, revelou o dirigente.

O condicionamento poderá acontecer quando recomeçar o Girabola Zap, na terceira semana de junho, mês em que encerra a primeira volta da maior prova futebolística de Angola, com 30 jornadas.

Em 13 jogos da competição doméstica, o Porcelana somou oito derrotas, três vitórias e dois empates. Com esse score, ocupa a 16ª e última posição na tabela classificativa, com 11 pontos.

Porém, muitos dirigentes desportivo no país acreditam que o Porcelana ainda poderá superar a situação e continuar a competir na primeira divisão, apesar de estar a ‘derrapar’ também na pontuação.

Além do Porcelana, muitas equipas do campeonato também estão a dar sinal de querer desistir, uma vez que o país está a viver sérias dificuldades, devido à crise económica.

Nos últimos três anos, a falta de verbas tem condicionado os trabalhos e objetivos das equipas angolanas, por isso, muitas delas acumulam muitos meses de salário em atraso.