Cerca de dois mil adeptos do Panathinaikos protestaram hoje em frente à residência oficial do primeiro-ministro helénico, Alexis Tsipras, contra as sanções de que o clube da Liga grega de futebol foi alvo.

A polícia antimotim teve de recorrer a gás lacrimogénio para dispersar os manifestantes, alguns dos quais terão sido detidos, noticia a imprensa local.

Os manifestantes chegaram à residência oficial do chefe de governo grego em centenas de motorizadas, pouco depois de terminada a partida da Taça da Grécia frente ao Atromitos, que terminou com um empate a 0-0.

Alexis Tsipras não estava na residência, por estar a realizar uma visita oficial a Israel.

Na semana passada, o vice-ministro dos desportos grego, Stavros Kontonis, ordenou o encerramento ao público das bancadas do estádio do Panathinaikos habitualmente ocupadas pelos adeptos mais violentos.

Em causa estão as sanções pela violência verificada no dérbi com o Olympiacos, a 21 de novembro, quando os adeptos do Panathinaikos se envolveram em confrontos com a polícia dentro e fora do estádio, levando à anulação do desafio, mesmo antes de principiar.

A equipa visitante ficou retida três horas no estádio Apostolos Nikolaidis.

Catorze adeptos foram detidos nos incidentes que feriram três polícias, um deles em estado grave. Os prevaricadores arremessaram pedras e material pirotécnico, com as autoridades a responder com gás lacrimogénio.

O Panathinaikos viu o seu estádio interdito por quatro desafios e foi multado em 280.000 euros, além de lhe terem sido subtraídos três pontos.

Atualmente, cumpridas 19 jornadas, o Panathinaikos é terceiro do campeonato, com 35 pontos, a 20 do rival Olympiacos, treinado pelo português Marco Silva.

Hoje, no jogo frente ao Atromitos, o Panathinaikos decidiu colocar centenas de balões verdes e brancos nas bancadas interditas aos seus adeptos.