A FIFA despediu-se hoje de Pelé com um singelo “Imortal – Para sempre connosco”, recordando que a “lenda brasileira”, falecida aos 82 anos, foi eleito pelo organismo como o “melhor jogador do século XX”.
“Chamavam-lhe ‘O Rei’, e o seu rosto é um dos mais reconhecidos no futebol mundial. O homem em questão é, claro, Pelé, que já foi nomeado pela FIFA como o maior jogador do século XX. O lendário brasileiro faleceu em 29 de dezembro de 2022”, escreve a instituição.
Por seu lado, o presidente, Gianni Infantino, lembrou a "presença magnética" do 'astro' mundial. "Quando se estava com ele, o mundo parava. A sua vida é sobre mais do que futebol", declarou.
Infantino lembrou como o avançado "mudou perceções, para melhor, no Brasil, na América do Sul e em todo o mundo", com um legado "impossível de sumarizar por palavras".
"Hoje, vamos todos fazer luto pela perda física de Pelé, mas ele tornou-se imortal há muito tempo, e estará connosco por toda a eternidade", declarou.
No site da FIFA, surge uma foto na parte superior com a antiga estrela, já retirada, a sorrir agarrado a uma bola de futebol, enquanto, logo a seguir, uma imagem ainda maior, do tempo em que ainda jogava, e que liga a um artigo no qual são recordados alguns dos seus feitos.
A FIFA sublinha que Pelé “já estava em ascensão com apenas 17 anos quando comemorou o seu primeiro título de campeão do mundo”, em 1958, na Suécia, e lembra que Pelé ainda detém o recorde de campeão mundial mais jovem de todos os tempos.
“Embora o atacante tenha participado na defesa do título em 1962, ele perdeu a maior parte do torneio devido a uma lesão. O imenso talento de Pelé foi novamente exibido em 1970, quando levou a sua equipa ao triunfo e a tornar-se no único jogador a ter vencido três Campeonatos do Mundo”, completa, exibindo uma foto do astro com apenas 17 anos.
A lenda do futebol brasileiro e mundial, único jogador tricampeão do Mundo, ficou internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, em 29 de novembro, quando se submeteu a uma reavaliação do tratamento ao cancro de colón detetado em setembro de 2021, e ao tratamento de uma infeção respiratória, agravada pela covid-19, com antibióticos.
Desde que foi operado ao cancro, Pelé passou por um ciclo de sessões de quimioterapia que o obrigou a ir várias vezes ao hospital para acompanhar a sua evolução.
A saúde de Pelé piorou nos últimos anos também por outras causas, como problemas na coluna, na anca e nos joelhos, que reduziram a sua mobilidade e o obrigaram a ser operado, além de ter sofrido uma crise renal, o que reduziu drasticamente as suas aparições públicas, embora tenha continuado ativo nas redes sociais.
Pelé, o único futebolista três vezes campeão do mundo, em 1958, 1962 e 1970, assinou 77 golos nas 92 internacionalizações pela seleção brasileira, tendo vestido as camisolas do Santos e dos norte-americanos do New York Cosmos.
Foi ainda ministro do Desporto no governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 1998.
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